A ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, presidente nacional da ala feminina do Partido Liberal, reagiu à indicação do senador Flávio Dino, atual ministro da Justiça, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, o STF.
Michelle comentou uma publicação feita por Dino durante a sua visita ao Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília. Na imagem, o ministro aparece segurando um exemplar da Bíblia sagrada.
“Não podemos aceitar este tipo de gente no poder. Já imaginou o que este cara, chegando no STF, vai fazer com a gente?”, questionou Michelle, em referência à filiação de Dino ao Partido Comunista do Brasil, o PCdoB.
“Ontem [Dino] me posta uma foto com uma palavra de Deus, uma foto com a bíblia. Se ele é comunista, ele é contra os valores e princípios cristãos, porque o comunismo é o que mais perseguiu os cristãos”, completou a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Comunista
Para Flávio Dino, ser comunista significa defender questões de justiça social. Ele já fez declarações neste sentido, buscando dar conotação humanitária ao seu conceito de comunismo, da mesma forma que fazem outros adeptos dessa ideologia.
Ocorre que, historicamente, o comunismo não está relacionado à justiça social, mas sim à perseguição do contraditório e ao autoritarismo. O “Livro Negro do Comunismo” lista, por exemplo, que ao menos 100 milhões de pessoas foram mortas no século XX em decorrência desta ideologia que, por ser materialista, encara qualquer religião como o “ópio do povo”.
Sem citar Michelle Bolsonaro, Dino fez outra publicação, segundo a CNN Brasil, exaltando o conteúdo da Bíblia sagrada, algo que também pode ser visto como um aceno aos senadores evangélicos que deverão votar a favor ou contra a sua indicação ao STF.
“Por orientação dos meus pais, desde minha alfabetização em 1974, já li milhares de livros. E sempre afirmei que o mais sensacional é a Bíblia, um Livro de fé e de sabedoria, que cito em discursos, palestras etc. Fiquei muito feliz com o presente e os conselhos do Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília”, escreveu ele.