A entidade de vigilância da liberdade religiosa China Aid está denunciando a truculência do regime comunista contra os cristãos: um culto online da Igreja Colheita do Evangelho foi interrompido por oficiais do governo.
Os pastores Mao Zhibin e Chu Yanging dirigiam um culto online na cidade de Shenzhen, realizado através do Zoom, quando oficiais do Departamento de Assuntos Religiosos foram acompanhados de policiais ao local de onde a celebração era transmitida e a interromperam.
A internet na China é fortemente controlada pelo governo comunista, e esse controle vem sendo usado pelas autoridades para impedir a realização de cultos online.
Enquanto os oficiais e policiais interrompiam a celebração, outros funcionários do Partido Comunista da China (PCCh) cercaram o imóvel, numa clara ação intimidatória.
A intensidade da perseguição aos cristãos na China só aumenta. Um vídeo publicado no Twitter mostra dois oficiais do PCCh à paisana conversando com o pastor Mao e o pastor Chu durante a operação de repressão, no dia 11 de julho.
A cristã Shi Minglei – que mudou seu nome para Hope – fugiu para a América em abril, e agora atua como uma ativista em prol da liberdade religiosa na China.
Ela relatou que depois que os agentes de segurança do PCCh, policiais e oficiais do departamento de assuntos religiosos pararam à força o culto online da da Igreja Colheita do Evangelho, permaneceram no local por mais algumas horas.
A repressão do PCCh contra a Igreja Colheita do Evangelho se dá por conta de sua postura: é forte defensora da justiça. Muitos cristãos vêm se juntando à jovem igreja, fundada há quatro anos.
Além disso, como o pastor Mao e o pastor Shen Ling se juntaram a outros ministros para apoiar e assinar a “Declaração Conjunta dos Pastores: Uma Declaração para o Bem da Fé Cristã” do perseguido pastor Wang Yi, as autoridades do governo municipal do PCCh em Shenzhen regularmente visam e perseguem seus membros.
Essa não foi a primeira vez que um caso do tipo ocorreu e chegou ao conhecimento da comunidade cristã no Ocidente, segundo a entidade China Aid.
Em outro incidente em 25 de abril, depois que as autoridades invadiram o culto de domingo da Igreja da Colheita do Evangelho em Shenzhen sem mostrar nenhum documento legal, ordenaram que os presentes fossem embora.
Os policiais levaram o pastor Mao, o pastor Cao Yuan e o pastor Chu, com outros sete cristãos, detidos para a delegacia de polícia de Bantian.
Horas depois, após passar por um interrogatório, o pastor Mao disse: “Hoje, oficiais da força conjunta do Departamento de Assuntos Religiosos, pessoal do departamento de segurança pública e autoridades da agência de segurança nacional baniram nossa igreja. Não enfrentamos uma situação tão séria como esta desde que fundamos nossa igreja, há quatro anos”.