O Omo, marca de sabão em pó mais conhecida do país, descobriu a fúria da sociedade brasileira quando se refere à qualquer interferência na família ou à infância ao promover uma campanha de apologia à ideologia de gênero.
Um comercial feito para o Dia das Crianças nos moldes do “marketing da lacração” – estratégia contemporânea de empresas usando temas politicamente correto para agradar ao público “progressista” – se mostrou um verdadeiro tiro saído pela culatra, pois a reação do público em geral foi de reprovação.
“Brincar de casinha é coisa de menina. Andar de skate é coisa de menino. Essas regras parecem coisa do passado, não é? Deixe seu filho brincar livremente”, diz um trecho do malfadado vídeo. Mais de 139 mil usuários do YouTube reagiram negativamente, enquanto apenas 14 mil aprovaram o comercial.
No Facebook, a publicação da empresa recebeu mais de 9,6 mil reações de reprovação, enquanto as aprovações foram de 2,5 mil com o botão “curtir” e 1,8 mil com “amei”. O músico Kiko Scornavacca, do trio KLB, usou as redes sociais para protestar contra a marca de sabão e expressar sua indignação com a tentativa da empresa de impor a ideologia de gênero.
“Que p*#$@ de anticristos estão tomando conta das coisas atualmente? Uma guerra está iminente, e é tão claro que só não enxerga quem não quer! Já houveram guerras santas, sangrentas, violentas. Outra está à espreita por causa de imbecis que querem forçar uma nova realidade que não existe, a não ser em seus malditos universos particulares”, disparou.
A preocupação do músico com a possibilidade de a guerra ideológica se tornar um confronto civil nas ruas foi além: “Tenho visto pessoas confusas se revoltarem contra homossexuais, evangélicos, católicos, como se [eles] fossem culpados dessa demonização da atualidade. Não são! […] Precisamos sim exigir de um país com regras, que estas sejam cumpridas”, afirmou, referindo-se ao desrespeito às leis que protegem a infância da erotização precoce.
Omo
A marca, no entanto, reagiu de forma diferente do Banco Santander quando as críticas se avolumaram de maneira grandiosa. A empresa emitiu um comunicado reafirmando as declarações do comercial com seu “comunicado urgente”, dizendo que as crianças têm direito de brincar “como quiserem”.
“Há mais de quinze anos OMO promove a importância do desenvolvimento infantil e do livre brincar para o crescimento das crianças e que o novo posicionamento da marca convida as pessoas a não deixarem a vida passar em branco. OMO quer reforçar, no Dia das Crianças, que toda a criança tem direito a se sujar e a brincar livremente como quiserem”, disse a nota.