Um grupo que se apresentava como pastores e usavam o nome do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para convencer suas vítimas está sendo investigado pela Polícia Civil na Operação Falso Profeta.
O homem apontado como líder do grupo investigado é Osório José Lopes Júnior, que se apresenta como pastor e já vinha sendo processado por aplicar um golpe chamado “Tesouro Mundial”, em que os investimentos, supostamente, trariam retornos estratosféricos.
Agora, a Polícia Civil aponta que os investigados movimentaram R$ 156 milhões nos últimos cinco anos, além de criar 40 empresas “fantasmas” para movimentar mais de 800 contas bancárias.
As vítimas ouviam de Osório e dos demais investigados que os títulos que ele oferecia haviam recebido autorização do governo federal, por meio do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para captar recursos e posteriormente serem pagos. Em suas apresentações, ele usava sem autorização a logomarca do Banco Mundial e Banco do Brasil como forma de dar credibilidade aos golpes.
De acordo com informações do portal G1, Osório é acusado de aplicar golpes em fiéis de Goianésia, no centro de Goiás, e demais pessoas de vários estados do país, em 2018. À época, ele e outro pastor afirmavam que tinham recebido um título de R$ 1 bilhão, mas precisavam reunir fundos para conseguir recebê-lo, e prometiam recompensar quem se juntasse a eles.
O falso profeta indicava que os lucros seriam dez vezes superiores aos valores repassados. Dessa forma, reuniu R$ 15 milhões com o golpe. Uma das vítimas ouvidas pelos investigadores disse ter ouvido a promessa de receber R$ 2 quatrilhões, valor que supera as fortunas somadas das dez pessoas mais ricas do mundo.
A operação Falso Profeta foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR) do Distrito Federal.
Em 2018, Osório chegou a ser preso, mas recebeu o direito de responder ao processo em liberdade, o que o motivou a se mudar para São Paulo. A sentença nesse caso ainda não foi proferida pela Justiça, e agora, diante da nova investigação, ele é considerado foragido.