A atitude de um padre na cidade de Bom Princípio, no Rio Grande do Sul, durante uma celebração de primeira comunhão, causou revolta entre os moradores da cidade. O pároco da Paróquia Nossa Senhora da Purificação causou polêmica ao negar a primeira comunhão para um adolescente autista de 13 anos, que receberia a eucaristia juntamente com outras 34 crianças em uma celebração no último domingo (17).
Revoltada com o ocorrido, a mãe do menino, Maria Silvani Maldaner, de 41 anos, afirma que ele já estava na fila que se formava no interior da igreja quando o pároco disse que não o iria deixar participar do ritual.
“O padre passou reto por mim e disse que meu filho não faria a primeira comunhão. Mas o guri já estava treinado, ele queria muito isso. Tu sabes o que é ter de segurar a mão de uma criança que ia receber Jesus e não vai por causa de um pároco?”, lamenta a mãe do garoto.
De acordo com o G1, o adolescente é batizado pela Igreja Católica, e participou das aulas de catequese junto com outras crianças na paróquia.
Silvani, conta que treinou o filho durante quatro meses para a ocasião, devido ao grau elevado de autismo sofrido por ele. Porém, ela não havia conseguido, nos ensaios, que o menino aceitasse a hóstia.
O padre Pedro José Ritter se defende das acusações de preconceito afirmando que em casos como esse a igreja dispensa necessidade do rito da eucaristia. Ritter chegou a ensaiar com o menino uma semana antes da cerimônia, porém ele teria se negado a receber a hóstia. “Não posso abrir a boca dele com força e largar um pedacinho da hóstia lá dentro. Tem de ser um ato livre e espontâneo”, afirma o sacerdote que diz que o adolescente não estava preparado para entender o sentido da comunhão.
Apesar das justificativas apresentadas pelo religioso, o caso tem sido amplamente debatido nas redes sociais e será analisado pelo bispo da diocese de Montenegro, Dom Paulo de Conto.
Fonte: Gospel+