Na cultura atual, a visibilidade conquistada pelo público LGBT+ se tornou indiscutível. Programas de TV, filmes, desenhos infantis e até brinquedos já são usados para promover o ativismo ideológico desse grupo, e isso com o amparo da liberdade de expressão e diversidade de pensamentos.
Contudo, a realidade não parece ser a mesma quando o assunto é a liberdade de expressão da população que discorda do ativismo ideológico LGBT+. Uma prova disso é a reação furiosa da esquerda e de veículos de comunicação tradicionais, contra um simples perfil nas redes sociais.
Se trata do perfil Libs of TikTok, que também está presente em plataformas como Twitter e Instagram. Basicamente, tudo o que a mídia faz é pegar conteúdos publicados pelos próprios ativistas LGBT+ e republicá-los, dando visibilidade ao que tais pessoas alegam.
A diferença, contudo, está na ênfase dada aos conteúdos, pois a Libs of TikTok destaca o viés radical do ativismo de gênero, mostrando o que muitas vezes passa despercebido aos olhos do grande público.
Em uma das suas publicações, o perfil expôs a postagem de uma professora, que disse o seguinte: “Aqui está uma forma apropriada de conversar com crianças pequenas sobre gênero: ‘os pais adivinham o sexo do bebê com base nos genitais e às vezes eles erram”.
Em outro caso, um professor chamado Tyler Wrynn publicou em sua rede social: “Se seus pais não amam e aceitam você por quem você é neste Natal, f*da-se, eu sou seu pai agora”.
O Libs of TikTok também expôs uma declaração que causou repulsa no público, feita por um professor da Universidade Estadual de Nova York. Ele escreveu: “A noção de que [contato sexual] é errado mesmo com uma criança de um ano não é muito óbvia para mim. Há relatos em algumas culturas de avós fazendo sexo oral em bebês para acalmá-los quando estão com cólicas.”
Reações progressistas
O destaque dado pelo Libs of TikTok ao radicalismo do ativismo LGBT+ causou fúria entre os progressistas, incluindo mídias tradicionais, porém enviesadas, como o Washington Post, que publicou uma matéria feita pela repórter Taylor Lorenz, atacando a página.
Lorenz classificou o Libs of TikTok como “um poderoso influenciador de mídia social multiplataforma, espalhando o sentimento anti-LGBTQ+ e alimentando a máquina de indignação da mídia de direita”.
Taylor Lorenz ainda cometeu a imoralidade jornalística de divulgar não apenas o nome, mas o endereço da proprietária do Libs of TikTok, lhe sujeitando a se tornar alvo de ataques e ameaças físicas por parte de extremistas.
Além disso, o Washington Post procurou levantar um histórico de posicionamentos políticos da mulher, que é uma simples corretora de imóveis residente no Brooklyn, a fim de associar a sua discordância ideológica das pautas LGBT+ à direita americana.
“Essa psicopata apareceu nas casas de pessoas que têm o mesmo sobrenome que eu. Eu recebi dúzias de ameaças de morte, e agora ela se faz de vítima”, criticou a dona da Libs of TikTok, em resposta à alegação de que Lorenz estaria, agora, sendo atacada por direitistas.
Efeito contrário
Apesar das reações da esquerda americana, os ataques contra a página Libs of TikTok acabaram resultando em um crescimento avassalador. Em pouco tempo, só no Twitter, a mídia saiu da cada de alguns milhares, para mais de 1 milhão de seguidores.
Até o conhecido jornalista Glenn Greenwald, um homossexual fundador do The Intercept e colunista da Carta Capital, criticou a reação contra a mídia da direita, mostrando que o feitiço, dessa vez, virou contra o feiticeiro.
“Imagine se alguém expõe a identidade de um ativista trans que é popular no Facebook ou um ativista do Black Lives Matter com muitos seguidores no Twitter. Você acha que essas pessoas que estão defendendo Taylor Lorenz diriam ‘oh, foi uma reportagem justa’? ‘Isso é jornalismo de verdade’?”, questionou ele, segundo a Gazeta do Povo.