A perseguição religiosa aos cristãos é uma realidade muitas vezes silenciada pelos grandes veículos de comunicação, dado o tamanho da gravidade e a pouca ou quase nenhuma repercussão sobre a quantidade de ataques sofridos pelos seguidores de Jesus Cristo em várias partes do mundo.
Com isso, buscando despertar a consciência da sua população sobre os cristãos perseguidos, a Romênia criou o Dia Nacional de Conscientização da Violência contra os Cristãos, em 16 de agosto desse ano.
A ideia visa promover entre os romenos a maior conscientização sobre essa triste realidade, lembrando ao povo que o cristianismo sempre foi e continua sendo, até hoje, o segmento mais perseguido em todo o mundo, conforme relatório do Reino Unido em 2019, que apontou que 80% de toda a intolerância religiosa existente no planeta é contra os cristãos.
“É por isso que a proclamação de um dia de comemoração nacional pelo seu martírio deve ser para nós uma oportunidade de nos tornarmos mais conscientes da violência de hoje contra os cristãos”, disse o líder Ortodoxo Romeno, Daniel Gheorghe, membro da Câmara dos Deputados da Romênia.
Daniel destacou que a intolerância religiosa aos cristãos na atualidade “assume diferentes formas de perseguição hoje, desde a cristofobia das novas ideologias às execuções filmadas daqueles cuja única culpa é ser cristão”.
Inquisição virtual
A observação de Daniel quanto às “diferentes formas de perseguição” é algo extremamente relevante, pois, de fato, aparentemente muitos cristãos, incluindo seus líderes, ainda não se deram conta da mudança de perspectiva no tocante a isso.
A perseguição tem assumido novas características e invadido, por exemplo, o mundo virtual. A internet, através das redes sociais, se tornou palco de intolerância contra os cristãos. É possível observar isso através de grupos, comentários, páginas e sites que atacam os valores da cultura judaico-cristã.
Na prática, se trata de uma perseguição velada ao cristianismo, não meramente a existência de críticas comuns, tradicionais, mas uma tentativa de suprimir o pensamento cristão, geralmente utilizando instrumentos da narrativa política, como o combate aos chamados “discursos de ódio”.
“Neste contexto, o Patriarcado Romeno defende a recuperação da memória do martírio cristão. E pela proteção e promoção da liberdade religiosa como um direito fundamental de toda pessoa humana”, conclui Daniel, segundo a God TV.