Pais de alunos de uma escola primária situada no estado da Califórnia, Estados Unidos, ficaram revoltados com a decisão da unidade de autorizar a instalação de um “clube satânico” para os estudantes. Trata-se da Golden Hills Elementary School em Tehachapi.
O grupo chamado After School Satan Club é uma iniciativa do Templo Satânico, uma organização que prega o culto ao demônio há anos no país e também em outras partes do mundo.
Avó de um aluno da primeira série, Brenda Maher comentou: “A escola disse que sim e acho que eles cometeram um erro. Sei que meu neto não fará parte deste clube.” Outra pessoa também protestou: “Acho errado e não deveria estar na escola”.
Imposição da minoria
Ao tentar justificar a sua presença, o clube satânico usou o argumento da igualdade de direitos religiosos, desprezando o fato de que, na realidade, a oferta de serviços, práticas e tradições existem com base nas decisões da maioria, muito embora isso não signifique discriminação com as minorias.
“O Templo Satânico não defende a religião nas escolas”, afirma o grupo em seu site. “No entanto, uma vez que a religião invade as escolas, como fizeram os Clubes da Boa Nova [cristão], o Templo Satânico lutará para garantir que a pluralidade e a verdadeira liberdade religiosa sejam respeitadas”, alegam os satanistas.
O argumento filosófico
Outro ponto destacado pelos tutores do clube satânico diz respeito à natureza e intenções do grupo. Em seus argumentos, eles negam pregar adoração ao demônio. Em vez disso, alegam que o objetivo é nada mais do que incentivar o pensamento filosófico dos alunos.
Tais argumentos não são novidade para os que conhecem a fundo o satanismo moderno. Isso, porque, nas últimas décadas passou a ser difundida entre os adoradores do diabo, principalmente entre os curiosos e iniciantes, a ideia de que o culto a satanás não passa de uma “doutrina filosófica”.
Eles pregam que o demônio é nada mais do que uma representação mítica, cujo foco, na realidade, está “em si mesmo”, tendo como objetivo final o autodesenvolvimento e a suposta libertação das “opressões” morais e culturais que exercem influência sobre a humanidade.
Na realidade, tudo não passa de uma antiga propaganda criada pelo próprio satanás desde o Éden, a fim de fazer com que os homens se voltem contra Deus, pensando ser, eles mesmos, “deuses” em desenvolvimento com base em seus próprios conhecimentos.
É o que revela, com destaque nosso, a passagem de Gênesis 3, verso 5, quando a serpente (satanás) diz a Eva acerca do fruto proibido: “Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.”
Por essa razão o líder do clube satânico, Paul Hichs, utilizou o mesmo velho argumento da serpente no Éden, mas em sua versão moderna, buscando justificar a intenção do clube com base na suposta exploração do conhecimento.
“Não estou ensinando essas crianças a serem satânicas; não estou ensinando a essas crianças que elas precisam saudar satanás ou se identificar como satanistas. O que estamos fazendo é estimular o pensamento crítico. Estamos ensinando ciência, estamos ensinando empatia e benevolência”, disse ele, segundo a CBN News.
Alguns pais, contudo, entenderam qual é a estratégia de convencimento do satanismo moderno. “Eles colocam Satanás no nome por uma razão. As pessoas deveriam parar de ser intelectualmente desonestas e apenas reconhecer o fato de que querem que as crianças adorem Satanás como um deus secular”, disse um deles.
De olhos abertos
Iniciativas como essa servem como alerta aos pais de alunos em várias partes do mundo, pois revelam o quanto os seguidores de satanás estão interessados em cooptar crianças durante o período mais vulnerável das suas vidas, que é fora do olhar dos pais.
Essa é uma das razões pelas quais os cristãos devem permanecer de olhos e ouvidos bem abertos sobre o que os seus filhos estão recebendo de conteúdo informativo nos ambientes que frequentam, até mesmo nas escolas.