Se expressar a sua fé em Jesus Cristo não é fácil em países regidos por uma constituição democrática, por conta do aumento de grupos que alimentam o ódio aos cristãos, imagine como é viver em um país onde a maioria, cerca de 95% da população se declara muçulmana, decidindo tornar o Estado oficialmente islâmico através de uma nova constituição?
Foi isso o que aconteceu na União das Comores, ou simplesmente Comores, país formado por três ilhas localizadas no Oceano Índico, na África Oriental, e que tem pelo menos 800 mil habitantes.
Segundo informações da organização Portas Abertas, que monitora os índices de perseguição religiosa em várias partes do mundo, analistas políticos acreditam que Azali Assoumani, Presidente de Comores, dissolveu o tribunal constituinte do país em abril desse ano como forma de retirar os seus poderes jurídicos.
Sua alegação foi de incompetência do tribunal. Como resultado, foi criado um referendo para consultar a população acerca de uma nova constituição, visando saber qual seria a religião oficial do Estado. Como já era de se esperar, por conta da esmagadora maioria, a vitória do “sim” foi para tornar Comores um país oficialmente islâmico sunita.
Segundo dados do World Christian Database, apenas 2,1% da população de Comores é cristã ou islâmica xiita. Dessa forma, essas minorias religiosas se tornam alvos de perseguição, já que existe uma tendência de radicalização no país, promovida por grupos que desejam a instalação rigorosa da “Sharia”, ou seja, a legislação muçulmana.
Filhos de país cristãos, por exemplo, são obrigados a frequentar escolas onde a doutrina islâmica é ensinada. Até mesmo os cristão adultos podem ser processados caso não se convertam a fé islâmica. Consequentemente, os locais de culto da população cristã também são proibidos de funcionar.
A Portas Abertas pede orações para que os cristãos de Comores tenham forças para suportar a perseguição e consigam testemunhar o amor de Jesus Cristo em suas vidas.