O papa Francisco voltou a incomodar a militância LGBT ao afirmar que somente a união entre um homem e uma mulher representa o modelo de Deus para a família e o propósito da Criação.
A afirmação de que os arranjos familiares LGBT não se encaixam no que a Bíblia descreve como projeto de Deus foi feita durante o Fórum Delle Famiglie, que reuniu famílias católicas na Itália.
“É doloroso dizer isso. Hoje as pessoas falam de famílias variadas, vários tipos de família… Mas a família como homem e mulher à imagem de Deus é a única”, disse o pontífice, segundo informações da agência ANSA.
Antes, em dezembro de 2016, Francisco já havia assinado um decreto reiterando seu repúdio ao “que se conhece como cultura gay”, e frisou que não pode permitir a presença de homossexuais entre seus sacerdotes.
A iniciativa se fez necessária após um gesto simbólico de acolhimento, por parte do papa em eu início de pontificado na Igreja Católica, aos homossexuais, para que estes não se sentissem excluídos da comunidade diante da postura cristã de repúdio à homossexualidade. Logo, esse gesto foi entendido pela mídia como uma aceitação da denominação romana às relações entre pessoas do mesmo sexo, o que tornou necessária um esclarecimento do Vaticano.
Ainda no discurso durante o Fórum Delle Famiglie, Francisco voltou a sublinhar que o aborto não é compatível com os valores bíblicos, e comparou a prática com o holocausto promovido nos anos em que Hitler liderou a Alemanha: “No último século, o mundo todo ficou escandalizado com o que os nazistas fizeram para garantir a pureza da raça. Hoje fazemos o mesmo, mas com luvas brancas”, disparou.
Por fim, o papa enalteceu a perseverança dos casais que permanecem juntos mesmo após enfrentarem adversidades, como a infidelidade de um dos cônjuges: “Muitas mulheres – mas até homens fazem isso às vezes – esperam em silêncio enquanto aguardam o marido voltar a ser fiel novamente. Isso é ser santo, perdoar tudo por amor”, pontuou.