Durante sua visita aos Estados Unidos, o papa Francisco se encontrou, fora do alcance da imprensa, com a tabeliã cristã Kim Davis, que foi presa recentemente ao se recusar a emitir licenças de casamento para pessoas do mesmo sexo, alegando questões religiosas.
A reunião entre o pontífice e a tabeliã vazou para a imprensa e muitas críticas foram feitas ao papa, por causa de seu gesto de encorajamento a Kim Davis, elogiando sua postura.
De acordo com informações do portal Huffington Post, Francisco disse que havia ficado admirado pelo gesto de Kim Davis: “Eu queria dizer que eu aplaudo sua coragem e exorto-a a continuar lutando por suas crenças religiosas”, disse o papa à tabeliã.
Parte do diálogo entre o papa e Kim Davis foi transcrito pelo portal, e a tabeliã se empolgou com o elogio recebido, dizendo que em sua opinião, os homossexuais iriam “queimar no inferno”. Nesse momento, ela levou um puxão de orelhas do líder católico: “Nossa, calma. Kim, minha filha, eu concordo que é importante lutar por aquilo que você acredita, mas os homossexuais são pessoas também. Não devemos odiá-los”, disse.
Ao final do encontro entre ambos, Francisco admitiu a Kim que “sim”, a “igreja acredita” que os homossexuais podem ser condenados por Deus se não se arrependerem de seus pecados.
Na viagem de volta a Roma, Francisco concedeu uma entrevista coletiva aos jornalistas que acompanharam sua viagem e, quando questionado sobre o gesto de funcionários públicos que se recusam a prestar serviços por questões de fé, reiterou seu ponto de vista sobre o tema: “A objeção de consciência deve estar em toda estrutura jurídica porque é um direito”.