Apesar de ter pouco mais de 12% da população muçulmana, Uganda é um país onde a maioria cristã vem sofrendo com o aumento do radicalismo islâmico local. O caso mais recente de intolerância religiosa foi contra um pastor que foi assassinado pela própria família, após deixar o islã para seguir a Cristo.
O pastor Adinani Bulwa nasceu em um lar muçulmano, mas em janeiro de 2019 ele entendeu a verdade sobre Jesus Cristo e se converteu ao cristianismo, passando em seguida a liderar outros ex-muçulmanos na caminhada de fé.
Por causa da sua atuação, ele e sua família passaram a receber ameaças dos muçulmanos da região de Lira, onde moravam. A esposa do líder cristão, Zabiina Newumbwe, disse que os radicais cobravam a presença deles na mesquita local.
“À medida que as ameaças aumentavam, meu marido decidiu que deixaríamos Lira e voltaríamos para nossa casa na vila de Muterere”, contou a esposa. Já morando na nova localidade, o pastor Bulwa continuou dando testemunho da sua fé em Cristo, levando mais quatro pessoas da família à conversão.
Atentado brutal
Os parentes muçulmanos do pastor ficaram revoltados com a sua determinação, pois não aceitava abrir mão da sua liberdade religiosa para satisfazer a intolerância dos que não conhecem a verdade sobre Jesus.
“Duas semanas depois, meu marido foi convidado para uma reunião de família, na casa de seus pais, onde foi pressionado a renunciar à fé cristã, mas ele disse que estava pronto para morrer por amor a Cristo”, disse a esposa.
Em 10 de março passado, um grupo de parentes do pastor Bulwa foi até à sua residência. “Eles ficavam dizendo: ‘Somos uma família muçulmana e Alá é nosso Deus’. Ficamos abalados. As crianças e eu nos escondemos no quarto”, disse a esposa.
Enquanto a mulher e os filhos estavam escondidos, apavorados no quarto, o pastor permaneceu na sala com os parentes radicais, até que o pior aconteceu. “Ouvimos um grito alto e ficamos escondidos em casa, com medo. Meu marido não voltou”, disse Zabiina.
“Pedi ajuda a um vizinho cristão e encontramos o corpo de Bulwa caído, seminu. Eu não consegui controlar minhas emoções, eu só gritei e, depois disso, desmaiei devido ao choque”.
Devido ao estado do corpo, com um pano envolta do seu pescoço e cortes em diferentes partes, acredita-se que o pastor foi estrangulado pelos próprios familiares. Desde então, sua esposa e cinco filhos entre 4 e 16 anos vivem escondidos, com medo das ameaças dos parentes.
“Agora nossa segurança está em jogo. Tivemos que buscar ajuda em outro lugar. Precisamos de orações para que Deus possa nos guiar sobre o que fazer daqui em diante”, apela Zabiina, segundo o Morning Star News.