O pastor assassinado durante um culto no último domingo, 26 de março, teria sido alvo de um crime de vingança. O principal suspeito pelo crime é o cunhado do líder evangélico, que o acusou de abuso sexual infantil.
A complexa história teve início no último dia 22 de março, quarta-feira, quando o cunhado do pastor – que não teve a identidade revelada, fez um Boletim de Ocorrência na 71ª Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), acusando o pastor Custódio Gonçalves de abusar sexualmente de seu filho, de 02 anos.
O cunhado do pastor havia levado o menino à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaboraí após surgimento de um sangramento no ânus. Quando a médica examinou a criança, questionou quem havia feito aquilo, e ele disse: “Tio Custódio”.
Os boatos do abuso correram a comunidade, e o pastor – que também era Guarda Municipal – teria ficado jurado de morte pelos traficantes do bairro Santo Antônio, onde Custódio Gonçalves foi assassinado.
O cunhado do pastor nega que tenha ordenado o crime, e afirmou durante o depoimento que o assassinato havia sido uma ação dos traficantes. Depois de prestar os esclarecimentos, ele acompanhou os policiais em uma diligência no bairro, segundo informações do jornal Extra.
No entanto, para o delegado Fábio Barucke, titular da especializada, o cunhado do pastor ainda não convenceu de que não é o mandante do crime. “Ele é nosso principal suspeito. Saiu da cadeia há pouco tempo por falta de provas. Já foi acusado de homicídio. Mas ainda vamos realizar mais diligência para concluir o caso”, comentou.
O homem ficou preso seis meses acusado do homicídio de sua ex-mulher, em janeiro de 2015, mas foi solto após ser absolvido pelo Tribunal do Júri de Itaboraí, no último dia 2 de fevereiro, por falta de provas. Nesse período, seu filho ficou morando com o pastor Custódio, que foi atingido por três tiros dentro da igreja, enquanto ministrava um culto.