Na última semana um pastor norte americano cometeu suicídio enquanto sua família e outros membros de sua congregação o esperavam para ministrar o culto da manhã de domingo. Teddy Parker Jr., de 42 anos, era pastor da Bibb Mount Zion Baptist Church, em Macon, Geórgia, e foi encontrado por sua esposa, Larrinecia Parker, de 38 anos, na garagem de sua casa.
Russell Rowland, um membro da igreja liderada por Parker, revelou ao The Christian Post em uma entrevista por telefone que o pastor havia enviado sua esposa e suas duas filhas para a igreja antes dele na manhã de domingo e todos o estavam esperando para ministrar no culto da manhã.
Como ele não apareceu para o culto, várias pessoas saíram para procurá-lo, e sua esposa o encontrou já sem vida na garagem de sua casa, com uma ferida causada por um disparo de arma de fogo auto infligido.
Segundo o canal 13 WMAZ, O suicídio do pastor causou espanto entre os membros de sua igreja, e a maioria deles não quis comentar diretamente sobre o ocorrido.
– Consideramos este um assunto privado entre a família e a família da igreja BMZ. Pedimos que o público respeite a nossa privacidade neste momento – afirmou Lakesia Toomer, membro da igreja.
– Estou muito surpreso porque não pregava isso. Pregava totalmente contra. É algo que a congregação não entende muito bem. (…) Todo mundo está chocado agora. Acredito que muitas pessoas estão tentando entender por que isso aconteceu. Estamos orando ao Senhor para obtermos orientação sobre isso – disse Rowland.
Após a divulgação da morte do pastor, muitas pessoas comentaram o caso afirmando que o suicídio não é uma atitude digna de um cristão, e alguns chegaram a afirma que o pastor iria para o inferno por ter cometido suicídio. Um dos assuntos mais comentados tem sido uma pregação de Parker na qual ele chega a afirmar que às vezes sente como se Deus não estivesse com ele.
– Um monte de vezes sentimos que quando estamos passando por coisas e que não há ninguém ali conosco. E adivinhem? Deus quer que você se sinta desta maneira. Sei que vocês foram salvos há muito tempo. Sei que são super espirituais e são verdadeiros santos, mas há momentos em sua vida, não sei quanto a vocês, mas há momentos em minha vida em que estou passando por algumas coisas e não posso sentir que Deus está lá – afirmou o pastor na pregação.
– Tento orar, mas não sinto que Deus está me ouvindo. Procuro servir, mas não me sinto que Deus está me usando. E há momentos em tua vida quando Deus se retira intencionalmente, ele não se retira para deixar-te, mas se retira para que possas crescer e amadurecer – completou o pastor durante a pregação, cujo vídeo tem circulado na internet após seu suicídio.
Porém, o pastor E. Dewey Smith Jr., amigo de longa data de Teddy Parker, criticou as pessoas que fazem esse tipo de afirmação, explicando que a noção de que ele vai para o inferno pelo que ele fez é “ridícula” e “antibíblica”. Smith afirmou ainda que esse tipo de afirmação é “insensível” com a família e pessoas próximas ao pastor.
De acordo com Smith, Parker sofria de transtorno maníaco-depressivo e tinha problemas emocionais, mas enfatizou que ele já havia buscado tratamento.
– É terrível como podemos culpar as pessoas. É justo culpar a vítima por estar doente? É justo? É justo esperar que as pessoas doentes sejam sempre racionais? É terrivelmente doloroso para mim assistir os especialistas e pessoas que nem sequer conhecem a história atacando e assassinando o caráter de meu amigo. Eu o conheço e sei de seu coração – completou Smith.
Por Dan Martins, para o Gospel+