O governo chinês está preocupado com o rápido crescimento do cristianismo no país. Segundo informações da ChinaAid, organização que monitora o nível de perseguição religiosa na região, o número de cristãos já é considerado maior do que os integrantes do Partido Comunista, responsável por controlar o país com punhos de ferro.
“A liderança está cada vez mais preocupada com o rápido crescimento da fé cristã e sua presença pública, além de sua influência social”, disse Bob Fue, Presidente da instituição, ressaltando que o impacto do cristianismo na cultura chinesa está servindo para influenciar os cidadãos quanto às diferenças entre ideologia política e fé, algo que, na prática, pode abalar a estrutura do governo, uma vez que parte do seu domínio se deve à monopolização ideológica.
Como tentativa de barrar o avanço do evangelho, o Partido Comunista chinês, sob o comando do Presidente Xi-Jinping, procura todos os meios possíveis de impedir que cristãos atuem livremente no país, especialmente líderes, como os missionários. Esse é o caso de um pastor da Carolina do Norte, naturalizado americano, John Cao.
Cao foi acusado por um tribunal do sul da China de fazer “travessias ilegais” de pessoas para o país, sendo condenado a sete anos de prisão. Na ocasião ele estava com seu colaborador, Ruxia Jing, que pegou apenas um ano de prisão por já ter cumprido pena no país em outra ocasião.
Cao construiu 16 escolas no estado de Wa, em Mianmar, uma região que concentra pessoas de baixa renda no país. Através desse trabalho, cerca de 2 mil crianças foram acolhidas nas escolas, tendo acesso à educação. Acredita-se que essa iniciativa pode ter chamado atenção das autoridades chinesas, que utilizaram a acusação de travessia ilegal como forma de impedir a influência do pastor na região.
Casado com uma americana e pai de dois filhos, John Cao ainda não sabe se poderá recorrer da decisão. Líderes cristãos que atuam nas igrejas clandestinas do país pedem orações pela vida do pastor e outros missionários que sofrem perseguição religiosa na China. Com informações da Gaceta Cristiana.