A interrupção de um culto online numa congregação da Assembleia de Deus Ministério Madureira em Curitiba (PR) continua repercutindo, e o pastor responsável pela igreja, Davi Secundo de Souza, publicou um vídeo em defesa da liberdade de culto.
Bacharel em Direito e teólogo, o pastor voltou a recorrer à redes sociais para falar sobre a interrupção do culto. No dia em que a Polícia e demais autoridades da prefeitura curitibana foram ao templo, respondendo a uma falsa denúncia, ele já havia publicado um vídeo sobre a abordagem em sua página no Facebook.
“Não disseram a verdade. Se não há verdade, o crime não existe”, pontuou o pastor, referindo-se ao fato de que não havia aglomerações. “Em tese, cometia-se um crime contra a saúde pública. Nós gentilmente atendemos os agentes da lei, abrindo a porta da nossa comunidade. Eles entraram e não encontraram nada além de uma filmadora, um grupo de jovens adorando o nome do Senhor e um casal de pastores que foi escalado naquele dia”, comentou.
Secundo, então, afirmou que a comunidade cristã tem como característica ser fiel “aos princípios bíblicos que dizem que as autoridades devem ser respeitadas”, e aproveitou a oportunidade para defender a liberdade religiosa, já que a Constituição Federal garante que as igrejas se mantenham abertas.
“Não sei se com 10%, 20% ou 50% [da capacidade]. Não estamos pedindo a porcentagem, mas sim a oportunidade de continuar fazendo a obra que Deus nos confiou […] Reitero que não concordo com o isolamento, em nenhum lugar do mundo funcionou, basta ver as estatísticas”, disse, contundente.
“Concordo com o distanciamento social? Concordo. Concordo com o uso do álcool em gel? Concordo. Concordo em lavar as mãos? Óbvio. Concordo em usar máscara? Não tenha dúvida. Mas da mesma forma, eu concordo que tenho que abrir a porta para aquele que está muitas vezes buscando um refúgio”, argumentou o pastor.
Por fim, o líder evangélico enviou uma mensagem às autoridades, em particular o governador do estado, Ratinho Júnior, e o prefeito da capital paranaense, Rafael Greca: “Fechem as igrejas, autoridades, e podem ter certeza que o número de infectados e mortos irá crescer, e os hospitais não darão conta. Agora, convidem os pastores desta cidade para irem às portas dos hospitais levantar suas mãos e orar, convidem os pastores para ir à praça pública e orar, convidem os pastores para clamar por nossa nação, e eu tenho certeza que reverteremos esse quadro”, finalizou.