As críticas do pastor Anderson Silva à abordagem e teor das mensagens de Renallida Carvalho se tornaram motivo de um embate que pode parar na Justiça. Ao mesmo tempo, a inauguração do templo da pastora na Paraíba foi encerrado pela Vigilância Sanitária e pela Polícia Militar por aglomeração.
Anderson Silva, pastor da Igreja em Movimento, declarou considerar o trabalho de Renallida Carvalho nas redes sociais uma espécie de “estelionato espiritual”, já que a pastora da Igreja Pentecostal Tempo de Milagres (IPTM) tem abordagens questionáveis tanto ética – faz campanhas com ofertas via PIX nas redes sociais – quanto teologicamente.
Diante dessa crítica incisiva, Renallida consultou advogados e notificou o pastor sobre sua intenção de levar o caso à Justiça. Em nota, a pastora disse “repudiar veementemente as acusações levianas e descabidas”.
Segundo os advogados da pastora, Anderson Silva “tenta destruir a reputação de uma pessoa pública que há quase 20 anos dedica sua vida em prol da obra de Deus, cumprindo função social de grande relevância”.
Ainda segundo a nota, o “pastor não pode exorbitar de seu direito à livre expressão e imputar falsamente o crime de estelionato sem qualquer plausibilidade jurídica, porquanto, a pastora Renallida jamais se utilizou da fé e da crença religiosa do indivíduo para enganar outrem e auferir qualquer vantagem patrimonial”.
Ao final, os advogados afirmam que estão “trabalhando para coibir essa conduta, buscando a responsabilização criminal do agente pelos delitos de calúnia e difamação”.
Em resposta, o pastor usou sua conta no Instagram para comentar a nota: “Somente um juiz sem bom senso para levar essa mulher a sério!”.
Aglomeração
Renallida Carvalho, que tem 2,3 milhões de seguidores no Instagram, inaugurou a filial da IPTM em Cabedelo, cidade na região metropolitana de João Pessoa (PB), na última quinta-feira, 16 de setembro, mas o culto foi interrompido pela Vigilância Sanitária e PM.
A cidade tem decretos vigentes que foram descumpridos pela IPTM, segundo os agentes públicos. Fotos publicadas no perfil da pastora no Instagram mostraram aglomeração de fiéis no local.
Segundo informações do portal G1, advogados da pastora afirmaram que o culto foi interrompido pelo Corpo de Bombeiros por falta de extintores suficientes proporcionalmente à demanda do público, iluminação de segurança e sinalizações.
Entretanto, o termo de notificação aponta que não houve respeito ao distanciamento social e nem ao limite de ocupação permitido atualmente para igrejas na cidade, que é de 50% da capacidade do espaço.
A Vigilância Sanitária também alegou que não houve controle de entrada de pessoas e outras medidas sanitárias foram descumpridas.
Mais uma vez, a defesa de Renallida contestou as alegações afirmando que “foram respeitadas todas as normas e protocolos de segurança em face a pandemia de Covid-19, desde uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social, tendo em vista que a Igreja suporta aproximadamente 4 mil pessoas e foram disponibilizadas 500 vagas em cadeiras separadas com 1,5 metro de distância”.
Como o culto foi interrompido no templo, Renallida Carvalho encorajou os fiéis a continuarem a celebração em uma praia próxima ao templo, na orla do Cabo Branco.
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