O diálogo entre líderes de religiões diferentes nem sempre é algo pacífico, especialmente quando alguma das partes não admite ser exposta ao conhecimento da Verdade. Nesses casos, a intolerância e a violência terminam sendo armas de ataque em uma tentativa desesperada dos que não conseguem admitir o desmoronamento das suas crenças.
O pastor Tom Palapande, de 38 anos, residente no distrito de Butaleja em Uganda, na África, sabe exatamente o que significa isso. Segundo informações da organização Morning Star News divulgadas na última sexta-feira, ele foi deixado inconsciente após sofrer um apedrejamento promovido por muçulmanos durante um debate teológico.
O debate fez parte de uma programação evangelística organizada pelo pastor em sua vila, durante duas semanas no mês de junho. Nela, Palapande e alguns líderes muçulmanos deveriam discutir sobre às escrituras islâmicas e cristãs, onde o líder evangélico iria defender sua visão acerca da Trindade e Jesus como o Filho de Deus.
Os muçulmanos não suportaram os argumentos do pastor Palapande e em uma tomada de raiva começaram a gritar “Allah akbar” (“Alá é grande”), ao mesmo tempo em que atiravam pedras no líder cristão.
“Uma grande pedra atingiu a testa do pastor, e as pedras também feriram três outros líderes da igreja que estavam perto do pastor no púlpito – Moses Balabye, Agrey Gibenya e Milton Magezi”, informou um dos líderes cristãos da igreja de Palapande, sem querer se identificar.
Vários ataques durante o debate
Já no hospital em recuperação, o pastor Palapande informou que o momento em que perdeu a consciência não foi o único ataque. Em outras ocasiões durante o debate os muçulmanos também atiraram pedras nele.
“Fui espancado, e foi falsamente relatado em um jornal local, bem como na estação de rádio local, que estou desrespeitando a religião do Islã. Essa é uma medida calculada para manchar meu nome”, disse ele, com informações do Christian Post.