O radicalismo religioso na Índia é uma realidade que já fez várias vítimas, em especial cristãs, uma vez que os seguidores de Jesus Cristo tem como uma das práticas mais comuns a proclamação do Evangelho aos perdidos.
Por causa disso, ou seja, do evangelismo e da vida religiosa em comunidade, através de cultos e louvores a Deus, os cristãos se tornam alvos dos radicais hindus, os quais consideram os convertidos ao cristianismo traidores da cultura local.
O pastor Rajesh Gupta e a sua esposa vivenciaram isso de perto, pois eles próprios foram vítimas da intolerância religiosa na Índia, precisamente em um uma região chamada Faridabad.
Segundo informações do portal The Christian Post, o pastor e a sua esposa estavam orando na casa de um irmão em Cristo, quando foram surpreendidos pelos radicais, sendo brutalmente espancados por eles. Rajesh e sua companheira foram levados para o hospital pelos moradores da residência.
Nacionalismo
Um dos fatores responsáveis pelo aumento da perseguição religiosa aos cristãos na Índia é o ultranacionalismo. Essa tendência ganhou força no meio político, encontrando no discursos de alguns representantes, nos grandes centros, o combustível que alimenta o radicalismo nas zonas rurais, mais afastadas.
Os ultranacionalistas pregam a “pureza” da Índia, tendo o hinduísmo como religião “oficial”, ainda que no país em geral seja permitida a prática de outras religiões, como o cristianismo.
Em outra ocasião, por exemplo, um casal de cristãos, chamados Leo Johnson e Jenifa, que estava distribuindo panfletos evangelísticos em uma rua da Índia, foi hostilizado por um grupo de radicais pelo simples ato de evangelizar.
“Não conversamos com pessoas sobre Jesus. Tudo o que minha esposa e eu fizemos foi distribuir os folhetos para as casas. Ninguém foi forçado a pegar a literatura”, disse Leo, lembrando que para não serem agredidos, tiveram que se retirar do local.
“Jenifa ficou aterrorizada com o incidente e começou a chorar. Não sabia o que fazer e para evitar mais assédio, submeti-me às exigências deles”, afirmou.