O crescimento de grupos religiosos extremistas na Índia tem sido uma preocupação cada vez maior da comunidade cristã local. Ocupando a décima colocação na lista de perseguição religiosa mundial da Portas Abertas, esse país tem no hinduísmo a origem dos atos de violência contra minorias religiosas, especialmente a cristã.
Recentemente, o pastor Anand Hari, oito mulheres e duas crianças foram brutalmente atacados por um grupo de pelo menos 20 pessoas, que invadiu a casa do pastor na aldeia de Panch Gachia, Índia, e agrediram a todos com porretes de madeira, chutes e socos.
Após o fim da barbárie, Hari foi levado ao hospital em estado grave por outros cristãos que tiveram a coragem de ir ao local das agressões, segundo informações de Shibu Thomas, fundador da Persecution Relief, uma organização que monitora a perseguição religiosa contra os cristãos na Índia.
Este caso chama atenção por se tratar de uma reunião domiciliar, onde os cristãos estavam reunidos para cultuar a Cristo em sua própria casa. Ou seja, ela revela um tipo extremo de intolerância religiosa, não mais através de discursos e agressões em áreas públicas, mas de invasão de propriedade.
“Cerca de 15-20 minutos após o início da reunião, 20 pessoas de repente invadiram a casa e começaram a bater em todos os presentes com punhos, chutes e paus. Então eles fugiram, deixando os feridos no chão”, disse Shibu Thomas.
“Na Índia tornou-se difícil até orar em casas particulares usadas como locais de culto. Além disso, as igrejas são atacadas, destruídas, queimadas e vandalizadas”, destacou, explicando que apesar da liberdade religiosa ser um direito constitucional no país, ela não tem sido respeitada.
“A Constituição indiana estabelece a liberdade de religião e de reunião. Os fiéis estavam apenas orando”, acrescentou. “Se as pessoas se reúnem e oram pelos doentes, pela nação, pela família e até pelos políticos, elas não fazem nada errado. Cristo traz felicidade e alegria nas pessoas. Ele é a luz do mundo!”.
Uma informação alarmante trazida por Shibu Thomas é a de que a perseguição religiosa ocorre de forma peculiar quando se trata dos cristãos. O seja, os seguidores de Jesus Cristo são mais violentados do que qualquer outro grupo religioso na Índia.
“Ao contrário dos cristãos, os fiéis de outras religiões não têm limitações a cumprir. Eles podem orar em escritórios públicos, em propriedades privadas, sem ter que pedir permissões. Em vez disso, nós, cristãos, somos impedidos de adorar a Nosso Senhor em qualquer lugar”, disse ele, segundo informações da Ásia News.