As declarações do candidato do PRTB à presidência da República Levy Fidelix sobre a homossexualidade e o casamento gay foram repudiadas pelo pastor Everaldo Pereira (PSC), também concorrente ao Palácio do Planalto.
Embora as declarações feitas por Fidelix durante o debate presidencial da TV Record tenham sido aplaudidas pelo pastor Silas Malafaia, um de seus apoiadores, Everaldo classificou a fala de Fidelix como desrespeitosa.
“Opiniões divergentes devem ser encaradas com naturalidade, mas sem desrespeito!”, disse o pastor Everaldo ao jornal O Estado de S. Paulo.
Fidelix causou polêmica ao responder a Luciana Genro (PSOL) que “nunca viu dois iguais fazerem filho” e que o “aparelho excretor não reproduz”.
Genro é apoiada pelo ativista gay e deputado federal Jean Wyllys (PSOL), e é defensora ferrenha das reivindicações dos ativistas gays, postura oposta à de Fidelix e do pastor Everaldo, que mantém seu pensamento contrário à homossexualidade.
O candidato do PSC inclusive afirmou que os candidatos devem ser mais específicos sobre o que pensam e propõe nas questões reivindicadas pelos ativistas gays. “Isso deve ser cobrado por toda a opinião pública”, afirmou.
Casamento gay
As questões colocadas à mesa de discussão pela militância homossexual nestas eleições já causaram polêmicas anteriormente.
A coligação “Unidos Pelo Brasil”, encabeçada por Marina Silva (PSB), divulgou seu programa de governo e no quesito LGBT, um equívoco da equipe de revisão levou à publicação de propostas amplamente favoráveis aos ativistas.
Posteriormente, Marina Silva ordenou a revisão do texto, suprimindo o apoio ao casamento gay e à adoção de crianças por casais homossexuais.
A errata da coligação foi vista pelos ativistas como um recuo de Marina frente aos protestos do pastor Silas Malafaia no Twitter. Questionada, Marina negou que fosse influenciada pelo pastor: “Nem leio os tweets dele”, rebateu.