Após questionar sobre o fechamento dos templos durante a pandemia do novo coronavírus, o pastor de uma igreja pentecostal de Holly Springs, nos Estados Unidos, teve sua igreja incendiada.
Apesar dos estragos provocados, onde quase 100% do templo foi destruído, o pastor do estado do Mississippi, juntamente com suas ovelhas, resolveu entrar em oração pelos responsáveis pelo crime.
Em um comentário para o USA Today, Jerry Waldrop, pastor da Primeira Igreja Pentecostal de Holly Springs, escreveu: “Reconhecemos que nem todos compartilham nossa crença na palavra de Deus, conforme revelada na Bíblia”.
“Não estamos ofendidos por outras pessoas não compartilharem nossa convicção de que reunir-se para adorar e estudar a Bíblia é essencial e necessário para o crescimento da igreja e seus membros”, frisou.
O líder religioso não apontou raiva contra os autores do crime. Em vez disso, ele usou a ocasião para testemunhar o que Jesus Cristo faria em seu lugar, que é oferecer o perdão e a oportunidade para seu agressor se arrepender.
“Estamos orando pela alma e paz de espírito de alguém que nutre tanto ódio a ponto de querer tirar de nós o nosso querido lar espiritual”, afirmou o pastor, segundo o Christian Head Lines.
Os crime intencional ficou comprovado porque os autores deixaram um recado escrito em estilo grafite em uma das paredes da igreja. “Aposto que vocês ficarão em casa agora, seus hipócritas.”
Questionamento
A igreja havia entrado com uma ação contra as autoridades locais, alegando que à aplicação de uma lei que anulou as restrições estatais impostas por causa da pandemia não estariam mais valendo na região.
O pastor Waldrop foi o autor da ação. Ele se baseou no fato de que o governador do Mississippi, Tate Reeves, falou que as igrejas eram “essenciais” e poderiam permanecer abertas.
O pastor diz em seu processo que um estudo bíblico foi interrompido pela policia, e depois no culto de páscoa, indicando violação à liberdade religiosa e ao espaço de culto garantidos pela Primeira Emenda Americana.
“Continuaremos a adorar juntos e a lutar juntos pelo direito de todos os americanos de participar das bênçãos de liberdade”, disse Waldrop.