A Convenção-Geral da Assembleia de Deus no Brasil (CGADB) iniciou uma investigação sobre as acusações feitas pela estudante contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
O Conselho de Ética da CGADB irá analisar, além das denúncias de Patrícia, o conteúdo das conversas mantidas pela estudante com o pastor através do WhatsApp. Prints mostram que a jovem enviou fotos íntimas a Feliciano.
O porta-voz da entidade que reúne as igrejas Assembleias de Deus no Brasil, pastor Lélis Washington Marinhos, comentou as trocas de mensagens e afirmou que o Conselho de Ética ouvirá Feliciano na próxima semana.
“[O caso] é estarrecedor e não faz parte do pensamento cristão. E é algo que não se admite a ninguém, menos ainda a um pastor”, comentou Marinho, em entrevista à coluna Expresso, escrita pelo jornalista Murilo Ramos, no site da revista Época.
A apuração da CGADB poderá resultar em punições ao pastor Marco Feliciano, e em última instância, caso seus pares no Conselho de Ética da Convenção considerem sua conduta inadequada, ele poderá perder a licença para exercer o ministério pastoral.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Feliciano afirmou que irá provar a verdade “ao povo de Deus”, e que entende como natural que a CGADB faça uma investigação sobre o caso.
Câmara
Um grupo de 22 deputadas entregou ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na última quarta-feira, 10 de agosto, uma representação contra Marco Feliciano por quebra de decoro parlamentar.
“As denúncias são muitas, são muito graves, são cinco crimes embutidos, e queremos que a Casa apure”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) após a entrega da representação, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.
A atitude das deputadas gerou questionamentos, por parte da imprensa, se haveria uma conotação de perseguição religiosa ao pastor, dada a velocidade com que a representação foi feita na Câmara. Feghali negou: “Aqui não há uma questão religiosa. Não considero que os evangélicos concordem com qualquer omissão em relação a isso. Marco Feliciano é evangélico, mas aqui não há um problema religioso entre nós”, afirmou.