Um pastor perdeu a guarda dos filhos temporariamente porque ele não os levava ao médico desde que nasceram e também não havia feito a matrícula deles na escola.
O argumento usado pelos pais era de que, se eles fossem à escola, poderiam ser “contaminados” pelo meio secular, ao invés de receberem os ensinamentos de Deus em casa.
Segundo informações do Christian Post, quatro dos sete filhos do casal Hal e Michelle Stanley voltaram para casa depois de passarem 60 dias sob cuidados do Departamento de Serviços Humanos do estado do Arkansas, nos Estados Unidos.
O pastor é dirigente de uma Igreja Batista, que se reúne em sua própria casa em cultos diários, realizados em dois horários.
As autoridades tomaram conhecimento do caso depois que uma denúncia foi feita, informando que depois de receberem alta da maternidade, as crianças nunca mais foram avaliadas por um médico.
No dia 12 de janeiro as autoridades tomaram a guarda dos sete filhos do casal, e foi a partir dessa data que eles foram matriculados, pela primeira vez, em uma escola pública.
Depois que os quatro primeiros filhos do casal voltaram para casa, o pastor comentou o caso: “Vai ser muito melhor quando estiverem todos em casa. Vamos orar e adorar durante todo o dia, se quisermos”, afirmou Hal Stanley.
Ainda não há previsão de quando os três filhos restantes do pastor voltarão para casa, pois a conduta dele e de sua esposa ainda está sendo observada pelas autoridades do Departamento de Serviços Humanos do estado.
O caso, embora peculiar, não é o único resultante de fundamentalismo religioso. Já foram registrados casos de pais que se recusaram a levar os filhos doentes para o hospital por acreditarem que seriam curados através de milagres alcançados pela oração.