A justiça norte americana confirmou uma pena de 27 meses de prisão a um pastor menonita condenado por ajudar uma mulher que frequentava sua congregação a fugir do país para impedir que sua ex-companheira tivesse acesso a sua filha. De acordo com o WND Faith, essa foi a última reviravolta em um dos casos envolvendo a custódia de crianças mais comentados da era moderna.
Em agosto passado, o pastor Kenneth Miller, da Stuarts Draft, em Virgínia, foi condenado em um tribunal de Vermont sob a acusação de ajudar “um sequestro parental internacional”. O pastor admitiu que ajudou Lisa Miller (nenhuma relação com o pastor) e sua filha, Isabella, a deixar os EUA em 2009.
Segundo o jornalista David Kupelian, depois de abuso na infância, Lisa Miller passou a levar uma vida disfuncional de vícios e homossexualidade, até que ela experimentou uma mudança de coração e, convertida ao cristianismo e deixou o estilo de vida homossexual, em que ela havia vivido como “cônjuge” a outra mulher lésbica, Janet Jenkins. Durante a união, Miller tinha dado à luz uma filha, Isabella, concebida por meio de inseminação artificial.
De acordo com especialistas que observaram a menina, ela começou a apresentar sinais de trauma emocional, depois que o tribunal concedeu a Jenkins o direito de fazer visitas a ela. Essa mudança de comportamento teria motivado Lisa Miller a retirar sua filha do país, para que ela não tivesse mais contato com Jenkins.
Um terapeuta clínico testemunhou no caso afirmando que Isabella apareceu “traumatizada” por causa das visitas de Jenkins, e que as “visitas sem supervisão … poderiam causar dano permanente ao desenvolvimento normal” da criança. Uma assistente social testemunhou ainda que a menina “sofre de distúrbios do sono e pesadelos, tendo dificuldade em dormir durante a noite”, acrescentando que “Isabella também fala sobre morte, e expressou o medo de que, se sua mãe Lisa morresse, ela iria estar em risco. Isabella disse que ela tem medo de que Janet Jenkins pode tirá-la de Lisa”.
O pastor Kenneth Miller comentou sobre sua condenação em uma carta de quatro páginas que escreveu ao juiz federal que o condenou.
– Se é verdade que as minhas ações fluíram da minha fé em Jesus, e de minhas crenças morais, e eu sinceramente acho que eles sim, então qualquer julgamento está sendo movido contra mim pelos Estados Unidos da América, é um julgamento sobre a minha fé e consciência e crenças morais. … Eu estava diante de uma mulher em perigo, que precisava de ajuda para proteger sua filha do que parecia ser um decreto judicial desumano – declarou o pastor.
Por Dan Martins, para o Gospel+