A proposta de cancelar o Natal feita por autoridades e influenciadores ao redor do mundo, sob o pretexto de conter a pandemia de covid-19, vem sendo rechaçada por diversos líderes cristãos. Um deles é o pastor Brian Gibson, que se disse disposto a ir preso para manter a celebração da chegada do Filho de Deus.
“Estou dizendo à nossa congregação que nunca mais fecharemos as portas da igreja de Jesus Cristo novamente. Eles terão que nos levar algemados. Vamos adorar a Jesus”, afirmou o pastor em uma entrevista recente.
Gibson e sua esposa, Jessi, plantaram a igreja River City em 2005 na cidade de Owensboro, no estado do Kentucky (EUA). Agora a congregação se chama HIS Church, após uma fusão com outra igreja chamada Victory, da cidade de Amarillo, no Texas. O projeto de união das duas prevê a plantação de mais 100 congregações nos próximos anos.
Para o pastor, é importante resistir às tentativas de autoridades – endossadas por formadores de opinião – de limitar o direito dos cristãos de celebrarem a chegada de Jesus: “Nossos outdoors pela cidade dizem ‘ninguém cancela o Natal’”, sustentou o pastor, que mencionou a liberdade religiosa protegida pela Constituição norte-americana.
“Eles tentaram cancelar o Natal quando Jesus nasceu e Herodes tentou matá-lo […] Há apenas uma pessoa que tem autoridade para fechar a igreja de Jesus Cristo e essa pessoa é o próprio Jesus Cristo”, acrescentou o pastor, conforme informações do portal GodReports.
História
A tomada de posição contra o avanço de autoridades sobre o funcionamento das igrejas é essencial, avaliou Brian Gibson: “A América não deu nascimento à igreja. A igreja deu origem à América. Está em nosso DNA. Está em nossos documentos de fundação. A América ama Jesus. Jesus é o Senhor e se você fechar a igreja, você está tirando o coração da América, tirando a espinha dorsal da América, a verdade da América”.
A declaração de Gibson faz referência aos ministros das primeiras colônias fundadas no território, antes de o país ser independente do Reino Unido. Esses líderes cristãos, inclusive, atuaram na Guerra Revolucionária: “Os caras que ajudaram a fazer nascer esta nação são chamados de regimento de túnica preta. Eles são os pregadores que pastorearam todos os fundadores e autores da Constituição. Quando Paul Revere cavalgou dizendo: ‘Os britânicos estão chegando’, ele estava cavalgando para a casa de seu pastor”, explicou.
“Esses homens, o regimento de túnicas pretas, não apenas pregavam e lideravam seus rebanhos. Eles realmente os levaram para a batalha. Muitos deles se destacaram no campo de batalha”, acrescentou Gibson, lembrando o espírito de defesa da independência e liberdade que norteou as origens do país.
Por fim, o pastor afirmou que o governador do estado do Kentucky, Andy Beshear (Partido Democrata), se portou de maneira hipócrita ao afirmar que as igrejas têm sido foco de disseminação do novo coronavírus, mas não teceu nenhum comentário sobre grandes centros de compras, que continuam funcionando normalmente.
“Começamos a resistir a isso e foi assim que entrei nisso, para abrir igrejas em toda a América. Uma das primeiras coisas na Primeira Emenda é a proteção da liberdade religiosa. Nós não vamos dobrar nossos joelhos a César mais. Nós apenas dobramos nossos joelhos a Cristo. Esta é a América. Você não vai cancelar Jesus, a mensagem de Jesus, e você não vai cancelar o Natal”, finalizou.