O pastor Carl Lentz lidera a congregação da igreja Hillsong em Nova York e ganhou projeção mundial por conta de sua participação no discipulado do cantor Justin Bieber. Agora, o líder cristão voltou às manchetes por críticas feitas à grande mídia, que a seu ver tem sido preconceituosa contra os evangélicos.
No último domingo, 17 de junho, Carl Lentz concedeu uma entrevista à emissora de TV MSNBC, e afirmou que o termo “evangélico” tem sido usado de forma equivocada, como se fosse uma palavra coringa para se referir a pessoas “brancas”, “conservadoras” ou “de direita”.
“O termo evangélico tem sido, na minha opinião, quase sequestrado. Eu hesito em usar essa palavra — e isso é uma vergonha, porque os evangélicos, no seu sentido mais puro, são um grupo de pessoas que acreditam que Jesus é o Senhor, Jesus é Deus”, disse, referindo-se ao contexto social dos Estados Unidos, que enfrenta uma polarização semelhante – e talvez, mais aguda – à registrada no Brasil.
Lentz criticou líderes políticos que se valem da Bíblia para justificar suas ações, dizendo-se contrário à mistura de religião e política: “Se você tem alguma compaixão, eu acho que você pode algo em relação a isso. E quando você vê os políticos, especialmente, usando a clássica má aplicação das Escrituras, você espera ter a oportunidade de [demonstrando compaixão] responder as pessoas, caso elas estejam se perguntando, como é este Jesus? Este é o cristianismo? Isto é a Bíblia? Absolutamente não!”, afirmou o pastor, conhecido por sua abordagem mais à esquerda.
Uma das polêmicas mais recentes envolvendo religião e política nos Estados Unidos está ligada a uma declaração do procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, que citou a passagem bíblica da carta de Paulo aos Romanos para justificar o endurecimento na política de contenção à entrada clandestina de imigrantes no território americano.