Um frequentador de uma igreja foi ao culto vestido de mulher e levou uma bronca pública do pastor da denominação, durante a celebração. O vídeo vem circulando com força nas redes sociais e motivou uma mobilização da militância LGBT contra o líder evangélico.
O pastor Antonio Rocquemore, do Ministério Internacional Power House, em Chicago, Illinois (EUA), virou alvo de críticas da militância LGBT, mas não recuou, e disse que o homem havia sido repetidamente avisado que ele não poderia se vestir como uma mulher durante o culto de adoração.
O vídeo da repreensão feita do púlpito por Rocquemore ao frequentador – que não foi identificado publicamente – se tornou viral e virou motivo de comentários diversos. Um formador de opinião chamado Christian James Lhuillier opinou que o homem não deveria ter sido repreendido.
Veiculado na página da igreja no Facebook, o pastor interrompe o louvor para apresentar versículos bíblicos que apontam contra a postura do homem. “A presença do Senhor está aqui […] Se você parar de acreditar, representando alguma coisa, você vai se apaixonar por qualquer coisa. E Deus não pode se mover do jeito que Ele quer por causa do padrão. Ele estabeleceu um padrão. Fique ao seu lado, mesmo que isso custe a vocês amigos, porque vocês sempre serão aprovados pelo Céu. Eu estou em um ponto da minha vida em que prefiro que o céu esteja satisfeito comigo do que agradar as pessoas. Falar comigo ou parar não incomoda onde estou indo”, introduziu o pastor.
Em seguida, ele adverte os membros para serem cautelosos e pede que o homem vestido como mulher saia do templo. “Você pode deixar a minha igreja e colocar roupas de homem?”, questionou, com firmeza. “E não venha mais assim. O que você faz lá fora é da sua conta, mas não vou deixá-lo vir assim aqui”, continuou. Um dos membros da igreja diz ao mesmo tempo “obrigado Jesus”.
Repercussão
“Alguns de vocês vão ter que desculpar meus termos, mas eu estou cansado dessa merda. Em um lugar que deveria ser um lugar de mudança, um lugar de libertação, seja lá o que você quiser chamá-lo, por que você destrói alguém na frente de uma sala cheia de pessoas?”, criticou. “Esse é o tipo de besteira que faz as pessoas irem para casa e cometerem suicídio. É por isso que a igreja não tem poder em 2018, porque está muito preocupada com as coisas erradas. Eu conheço drag queens e transexuais que podem te fazer sair da doença mais rápido e alguns desses pregadores que coletam suas ofertas de amor todo domingo”, continuou.
“Eu teria tornado a igreja limpa! É hora de nos levantarmos para o que acreditamos e permanecer em nossa verdade e nos afastarmos desses ministérios que esmagam quem somos. Muitos relacionamentos ilegítimos foram criados tentando se adequar a um molde que você nunca quis encaixar. Eu tenho um grande respeito pela casa de Deus. Mas eu desejei que tivesse sido comigo”, concluiu Christian James Lhuillier, de acordo com informações do portal The Christian Post.
Em resposta, o pastor se manteve firme: “Ele não foi expulso da igreja porque era gay. Primeiro de tudo, eu não defino nada. Eu não separo o pecado. O pecado é pecado. Não há necessidade de destruir um ou outro se você está pregando Palavra”, disse Rocquemore.
“Quando você se junta à minha igreja, todas as regras e regulamentos são contados a você. Se você alguma vez escorregar [sobre as regras] nós ainda falaremos com você em particular e passaremos por cima deles novamente. Essa situação, em particular esse jovem, foi conversada várias vezes em particular. Eu fui pessoalmente a ele”, explicou o pastor.
Rocquemore disse que ele avisou sobre as regras da igreja e disse que ele não poderia “se vestir como uma mulher” no templo. O homem teria concordado verbalmente em seguir as regras da igreja, mas continuou se vestindo como uma mulher. No culto em que ele foi convidado a se retirar, o pastor disse que havia chegado ao seu limite.
“Ele me desafiou publicamente e eu o desafiei de volta publicamente. Pedi ao jovem para sair. Não havia segurança tirando ele”, encerrou o pastor.