O pastor Ricardo Gondim dedicou uma edição do programa Direto ao Ponto, da TV Betesda, para comentar sobre sua recente ausência das redes sociais e até mesmo de seu blog, onde também estava sem escrever. Ele fala também de seu retorno ao trabalho pastoral.
Além do vídeo, o pastor escreveu também um texto, intitulado “Pequenas ressurreições”, no qual falou de sua ausência e recente retorno.
No programa, o pastor explica que parou por dois motivos, um deles físico, visto que passou por uma cirurgia e que foi detectado que ele apresentou também alguns problemas cardíacos, apesar de não apresentar o perfil para esse tipo de problemas de saúde.
– De repente, acordei: a vida desobedece engrenagens. Deitado no leito de um hospital, vi que nem toda a causa implica em um efeito previsível. A saúde baqueia mesmo os que se exercitam. Decepções chegam igualmente para justos e injustos. Desgostos batem em portas indistintas. O sofrimento nivela a todos – comentou Gondim no texto em seu blog.
Questionado se havia algum tipo de mágoa que o afastou de sua atuação, Gondim afirmou que não, e que esse tipo de sentimento não seria o bastante para o afastar.
– As minhas mágoas e minhas dores nunca foram o suficiente para me tornar nem cínico nem azedo – afirmou.
Gondim comentou também de sua decepção com o meio evangélico, principalmente por causa de seu idealismo, que não o permitia enxergar o meio evangélico da forma que deveria ser. Segundo ele, esse meio deve ser encarado da mesma forma que os meios não religiosos.
– O movimento evangélico não é a única e nem é a melhor expressão do cristianismo – declarou, afirmando que a história do cristianismo mostra que muitos movimentos feitos em nome de Cristo perderam o fôlego por tentarem responder a perguntas que ninguém mais faz, e por não responder as novas perguntas que são feitas.
Gondim explica ainda que foi criticado por muitos por propor que se repense os pressupostos da religião. Ele revela também que durante seu tempo de afastamento escreveu um livro sobre essas ideias, e sobre uma proposta de repensar tais pressupostos religiosos que são tidos como verdade atualmente.
Intitulado “Para começo de conversa“, o livro é apresentado como uma proposta para se repensar a forma de se enxergar o cristianismo, e será lançado na segunda semana de setembro.
– Renasço de um tempo difícil, sem alucinação, extravagância, ostentação ou pieguice. Desafio a minha alma a contentar-se com a simplicidade, a gozar o instante sem culpa e a tecer emoções sem neurose – afirma o pastor.
Redação Gospel+