O apresentador Jô Soares entrevistou o pastor gay Alexandre Zambom, criador da Igreja Inclusiva do Brasil, voltada para o público homossexual. À época do lançamento, Zambom tentou vincular sua imagem à pastora Lanna Holder, dizendo que sua denominação seria uma filial da igreja inclusiva Cidade de Refúgio, fundada por ela.
Zambom revelou a Jô Soares que foi criado em uma Assembleia de Deus e que aos 14 anos já pregava, mas que aos 16, após algumas experiências malsucedidas com namoradas, começou a revelar sua homossexualidade, e foi levado a participar de grupos de cura gay.
Segundo o pastor gay, após assumir-se homossexual, passou a estudar a teologia inclusiva, que se dedica a pesquisar as passagens bíblicas usadas para pregação contrária ao homossexualismo.
-Conheci algumas igrejas fora do Brasil que aceitavam homossexuais, e que inclusive, consagravam pastores, obreiros e ministros. [Isso] começou criar uma certa curiosidade […] Fui procurar, fui a fundo, e acabei conhecendo a teologia inclusiva, que estuda com um conceito histórico e crítico da época, vendo porque que foi falado aquilo, porque estava escrito aquilo, e vim entender que não era aquilo que a igreja pregava – afirmou.
O apresentador Jô Soares afirmou que todas as igrejas tem problemas em relação à homossexualidade, e que não compreende porque excluir pessoas de sua fé por causa de suas opções sexuais. Zambom complementou o comentário de Jô dizendo que “Deus não faz acepção de pessoas”.
Alexandre Zambom afirmou ainda que enquanto se submeteu a campanhas de oração e cura de homossexualidade, haviam grupos de pessoas que eram consideradas “mais gays” ou “menos gays”. Intrigado, o apresentador Jô Soares questionou se haveria diferença “visual” entre os grupos. O pastor gay respondeu que alguns “chegavam com uma roupa mais apertada, trejeitos quando falavam, caminhavam. Então era assim que era feita a separação. O que era mais afeminado fica num canto, precisava de um tratamento mais fundo”, afirmou.
Segundo Zambom, na época em que assumiu sua homossexualidade, seu pastor sugeriu que permanecesse na “clandestinidade e fingisse ter uma namorada para que continuasse pregando”. O pastor gay disse ainda que quando tinha namoradas, usava como argumento a orientação da igreja de não praticar sexo antes do casamento para evitar contatos mais íntimos.
Confira no vídeo abaixo a íntegra da entrevista de Alexandre Zambom no Programa do Jô:
Redação Gospel+