A Procuradoria Geral da República (PGR) será procurada pelos advogados da estudante Patrícia Lélis para que faça uma requisição das imagens de segurança do prédio do apartamento funcional onde o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) mora quando está em Brasília (DF). A autorização deverá ser concedida pela Justiça.
Além das câmeras de segurança da entrada do edifício, os advogados de Patrícia irão pedir também outras imagens, como forma de embasar suas acusações contra o pastor.
De acordo com informações do jornalista Leandro Mazzini, da coluna Esplanada, do Uol, as imagens das câmeras dos elevadores também deverão ser usadas na investigação. “A jovem garante que os vídeos podem comprovar sua presença no prédio”, informou.
Ainda segundo a matéria, o advogado da estudante, José Carlos Carvalho, quer que as imagens dos corredores da Câmara dos Deputados sejam analisadas, já que Patrícia diz que se reuniu com o presidente nacional do PSC, pastor Everaldo Dias Pereira, para denunciar Feliciano.
Carvalho acompanhará Patrícia em sua ida ao Ministério Público Federal nesta segunda-feira, 08 de agosto, quando ela prestará depoimento. Segundo Mazzini, o caso deve ficar com a própria subprocuradora-geral da República, Débora Duprat.
Perguntas sem resposta
“Até agora, entre os fatos já revelados, restam dúvidas sobre alguns episódios e personagens, os quais caberá às Polícias e à PGR investigar a bem da verdade”, observa Mazzini, que elenca as perguntas abaixo a respeito do caso:
- Por que Feliciano só quebrou o silêncio quatro dias após a denúncia, e disse que a perdoa?
- Quem é a mulher que visitaria o deputado vizinho e bateu ‘equivocada’ à porta de Feliciano após ouvir os gritos de socorro?
- Por que a jovem não contou aos pais a suposta agressão logo após o episódio (só revelou 48 dias depois, na sexta, 29 de julho)?
- Por que o PSC se omitiu e seus integrantes não cobraram uma posição de Feliciano, após ela denunciar o caso à cúpula do partido?
- Quem é Marcelinho, que ela conhecia apenas pela internet, e se apresentou como futuro empresário e interessado em ajudar a resolver o caso ao levá-la para SP?
- Por que o jornalista Emerson Biazon viajou a Brasília especialmente para ver Patrícia e a orientou a não fazer o B.O. dia 28 de julho?
- Quem pagou os custos de passagem aérea e diárias do hotel San Raphael em SP para Patrícia?
- Quem mais tinha acesso ao apartamento de Patrícia e convívio com ela durante o suposto cárcere privado?
- O que Talma Bauer fazia no hotel, durante vários momentos, até ser detido por agentes da Corregedoria sob acusação de cárcere?
- Por que na terça, dia 2 de agosto, Patrícia pediu uma conta com CNPJ para a mãe para um depósito vindo de SP, após mudar suas versões sobre a agressão e defender Feliciano (No B.O., ela diz que estava sob coação e ameaça de morte)?
- Emerson Biazon só revelou ao delegado Hellmeister, da 3ª DP de SP, que estava de posse de R$ 20 mil, quando Patrícia já terminava seu depoimento.
- Se a estudante está mentindo, por que o pastor não a denunciou até agora?
- Por que Talma Bauer não fez um B. O. contra Patrícia, já que diz que foi uma invenção?
- Para quem eram os R$ 20 mil dados por Bauer a Emerson, já que Bauer disse que fechara acordo com Emerson pelo silêncio de Patrícia; Ela nega, e diz que não autorizou Emerson a pegar dinheiro, alegando que foi a SP atrás de emprego numa TV prometida pelo jornalista que a buscou em Brasília, e que Emerson e Bauer negociaram dinheiro sem o consentimento dela, daí ela ter sido coagida a gravar os vídeos pró-deputado, até sua mãe fugir do hotel e revelar o caso à polícia)?
- Quem está falando a verdade sobre os episódios em São Paulo: Emerson? Patrícia? Bauer? Ou os três?