A estudante brasiliense Patricia Lélis resolveu partiu para o ataque contra os evangélicos após ser indiciada por extorsão e denunciação caluniosa, afirmando que a “crentalhada” está em “desespero”.
Patrícia, que no começo do caso se apresentou como uma evangélica, passou a evitar se dizer parte de uma denominação específica, e na entrevista ao Superpop, na última quarta-feira, apresentou-se como cristã, de forma genérica.
Agora, com a credibilidade abalada por conta das contradições e ausência de provas em suas acusações contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), Patrícia resolveu atacar quem não compra sua versão sem antes duvidar.
“Uma coisa é fato: você pode denunciar o seu vizinho, o seu amiguinho ou até mesmo o seu pai e irmão. Mas se você denunciar um pastor, vulgo ‘homem de Deus’ e da então direita, que diz odiar criminoso, a crentalhada e a militância entram em total desespero”, publicou Patrícia, pouco antes de apagar seu perfil no Facebook.
Mentira
A Polícia Civil indiciou, formalmente, a jovem na última quinta-feira, 18 de agosto, quando ouviu os depoimentos de outras testemunhas no caso em que Talma Bauer, ex-chefe de gabinete de Marco Feliciano, a teria coagido e mantido em cárcere privado.
Entre os depoentes, que terminaram por complicar ainda mais a situação de Patrícia nesse caso, estavam o jornalista Emerson Biazon e o produtor de eventos Marcelo Machado, apontados como intermediadores da negociação com Bauer, a ex-amiga Kelly Cristina – conhecida entre os militantes do PSC como Kelly “Bolsonaro” –, e seu ex-namorado, Rodrigo Simonsen.
Em nota, a nova advogada de Patrícia, Rebeca Aguiar, afirmou que a Polícia Civil já tinha opinião formada sobre o caso, e por isso, o indiciamento seria inevitável.
“O mencionado delegado [Luiz Roberto Hellmeister] já havia demonstrado interesse em ouvir a Patrícia mais uma vez e em momento algum nos opusemos. Infelizmente, o Dr. Luiz Roberto já estava com a sua opinio delicti formada e deixou bem claro que ‘nada que Patrícia falasse ou mostrasse iria mudar a sua opinião’. Ele não queria o depoimento da Patrícia Lélis. Ele queria ouvir dela a versão dele sobre os fatos”, afirmou.
Testemunhas ouvidas pelo Gospel+ disseram que a estudante tentou se abster de responsabilidade na denúncia de cárcere privado e coação feita contra Bauer, alegando que não tinha usado esses termos quando procurou a Polícia, e que essa seria uma interpretação de Hellmeister sobre o caso.
De acordo com o jornal O Globo, a defensora de Patrícia Lélis alegou que a afirmação de Hellmeister sobre sua cliente ter sido diagnosticada com mitomania, um desvio de caráter psiquiátrico que causa uma compulsão por mentiras, era inverídica.
“Não temos interesse em mudar a nossa versão (real) sobre os fatos. O Dr. Luiz Roberto também alega ter em mãos laudo que comprova que Patrícia Lélis seria mitomaníaca. Esclarecemos que Patrícia Lélis não passou por nenhum tipo de perícia. Estamos com cópia integral do inquérito policial e não existe nenhum laudo técnico nesse sentido”, afirmou Rebeca Aguiar na nota, sem esclarecer se estava se referindo ao inquérito iniciado após o Boletim de Ocorrência registrado em São Paulo no dia 05 de agosto, ou ao inquérito registrado em Brasília, em 2015, quando Lélis afirmou ter sido estuprada quando tinha 15 anos. Nas entrevistas concedidas, Hellmeister referiu-se ao segundo para afirmar que a estudante era mitomaníaca.
“Nem todas testemunhas sobre os fatos foram ouvidas e nem as nossas provas apresentadas”, concluiu a advogada, afirmando que o indiciamento da estudante foi precipitado.