O indiciamento de Patrícia Lélis por extorsão e denunciação caluniosa desencadeou uma série de infortúnios à estudante brasiliense, que além de correr risco de ter sua prisão preventiva solicitada à Justiça, agora precisa lidar com os relatos de que sua intenção sempre foi a promoção pessoal.
O jornalista Emerson Biazon publicou um print de uma conversa sua com Patrícia Lélis pelo WhatsApp em que a estudante diz que não sairá da situação em que se meteu sem dinheiro. Na mesma publicação, Biazon afirma que os planos de Lélis são de se candidatar a deputada.
O print
Biazon prestou depoimento no 3º Distrito Policial ao longo da última quinta-feira, 18 de agosto, e seus relatos – associados ao do ex-namorado da estudante, Rodrigo Simonsen, da ex-amiga Kelly “Bolsonaro” e do produtor de eventos Marcelo Machado – ajudaram a Polícia a formalizar o indiciamento de Patrícia.
Ao final da manhã, ele publicou um desabafo contra a estudante devido às declarações dela à Polícia, que atribuíam a ele o interesse de vender a acusação contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à imprensa.
“Patrícia, você está dizendo que eu tentei vender sua matéria, mas quando o diretor de jornalismo disse que não haveria dinheiro olha só a mensagem que você mandou na mesma hora, na sala dele”, escreveu Biazon, na legenda da imagem publicada no Facebook.
Na conversa, ela se revolta com a negativa do jornalista em pagar pela história: “Mas nem morta. Mano! Não passo nunca isso sem dinheiro”.
Patrícia afirmou em sua entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT, que nunca autorizou que as pessoas que a ajudavam a divulgar o caso a negociar valores em seu nome. No entanto, o jornalista Leandro Mazzini, do Uol – o primeiro a noticiar as acusações contra Feliciano -, publicou matéria revelando que, inicialmente a história havia sido oferecida a ele em troca de dinheiro, e que diante da recusa, Patrícia teria procurado a sucursal do SBT em Brasília para oferecer a mesma acusação, em primeira mão, em troca de dinheiro, mas a investida havia sido frustrada.
Esses relatos de Mazzini complementam o desabafo de Emerson Biazon, que afirmou em sua página no Facebook que a estudante enganou um repórter com a promessa de enviar o conteúdo, mas terminou se apossando de um pendrive.
“E ainda enrolando seu amigo repórter Daniel, dizendo que mandaria toda matéria […] levou a pendrive dele e ainda me disse: ‘ganhei uma pendrive remendada com fita’”, disparou Biazon.
O interesse por dinheiro fica ainda mais evidente na parte final do relato, em que Emerson Biazon demonstra sua incredulidade quanto à acusação de estupro feita contra Feliciano: “Logo depois você me passa o contato do Bauer para eu dizer a ele que você aceitou a proposta de ficar calada, mas calada no que, se não houve estupro? Pois uma mulher que foi estuprada não age como agiu, me pediu favor de arrumar um emprego e ainda mentiu falando que eu disse que sou da Record”.
A intensão de promoção pessoal surge no último trecho do desabafo de Biazon: “Menina, seu lugar não é na cadeia, é no manicômio! Vai se tratar antes que prejudica mais pessoas, sua louca! E ainda me fala dentro carro que depois dessa exposição na mídia vai sair a candidata a deputada?”.
Confira o print publicado por Emerson Biazon e, abaixo, a íntegra de seu desabafo no Facebook: