Na Nigéria, assim como em outros países, a perseguição aos cristãos é uma realidade ainda invisível para grande parte do mundo, algo que não mudou durante a pandemia do novo coronavírus, a qual só piorou a situação.
A Missão Portas Abertas recebeu o contato de alguns pastores que estavam passando por dificuldades. Uma vez que eles dependem dos salários das igrejas, não estavam conseguindo alimentar suas famílias porque elas foram obrigadas a fechar suas portas.
Muitas viúvas e órfãos também se encontram na mesma situação, sem condições de se manter devido o bloqueio. Os pedidos de ajuda são constantes, segundo Suleiman, diretor da Portas Abertas. O seu nome completo não foi revelado por motivos de segurança.
Devido à perseguição de extremistas islâmicos, como os Fulani, Boko Haram e às Forças Democráticas Aliadas, foram deslocadas 19 milhões de famílias, incluindo 10 mil cristãos.
O Boko Haram é também chamado de Estado Islâmico da África, dado o seu nível de crueldade e radicalismo religioso.
Existem regiões como Lakes, Sahel e Horn que não tem condições de lidar com o impacto da pandemia por muito tempo, a menos que recebam ajuda humanitária, mas mesmo assim os crentes nesses campos sofrem com a falta de estrutura e recursos.
“A situação da Covid-19 representa uma ameaça e um desafio para nós, para muitas de nossas viúvas e outros crentes vulneráveis. Alguns dos campos de deslocados internos realmente contam com o nosso apoio para poder continuar a viver. É um desafio neste momento, mas confiamos no Senhor enquanto estamos juntos, que Ele ajudará a encontrar soluções para esses problemas”, diz Suleiman.
Segundo relatos de missionários e parceiros da Potas Abertas na região, os cristãos estariam recebendo rações em quantidades seis vezes menores do que a dos muçulmanos.
Isso foi relatado no estado de Kaduna, Norte da Nigéria, incluindo Ungwan Boro, SabonTasha, Barnawa e Naraye, segundo a Portas Abertas.
Os parceiros também contaram que receberam um kit alimentação, mas que é insuficiente para 4 pessoas, onde só constam um pacote de macarrão, uma porção de arroz e um saquinho de óleo.
Muitas das 9.000 famílias da Nigéria não sabem como será para se alimentar nos próximos meses, por isso a Portas Abertas pede aos cristãos para que orem em função dos perseguidos.