Existem três componentes principais que levam pessoas a se tornarem ateus e/ou agnósticos e assim, rejeitarem a existência de Deus, de acordo com uma nova pesquisa sobre o tema: rejeição à Bíblia; dificuldade em confiar nas igrejas; e uma visão de mundo secular que é reforçada através da cultura.
A pesquisa foi realizada pelo Grupo Barna, uma empresa de pesquisa que explora as tendências religiosas, e incluiu estas conclusões do relatório recém-lançado sobre os céticos religiosos, notando que 25% de todos os adultos que não frequentam a igreja são considerados ateus ou agnósticos.
Como indivíduos religiosos, esses descrentes levam em conta uma série de fatores que afetam sua visão de mundo teológico. “Assim como os crentes chegam à sua crença em Deus por acumular uma série de informações e experiências, os céticos juntam diferentes observações para tirar suas conclusões”, destacou o relatório do Grupo Barna.
Quanto ao primeiro indicador – a rejeição da Bíblia – os pesquisadores relataram que dois terços dos ateus/agnósticos acreditam que o livro é repleto de histórias que foram escritas por seres humanos e têm a mesma autoridade que qualquer outro livro de autoajuda.
Essas pessoas também tendem a ter pontos de vista sobre as igrejas que não são favoráveis para elas. Eles veem as casas de culto como lugares onde as pessoas se reúnem, mas não estão ligadas umas às outras de maneira significativa, segundo conclusões da pesquisa.
Eles também não veem as igrejas protagonizando ações relevantes na sociedade, e consideram que elas nutrem valores errados sobre questões como casamento gay, aborto, guerra, política e assistência social.
Por fim, o terceiro problema que leva à descrença: o respeito cultural às críticas acima mencionadas feitas nos ambientes seculares. “Muitas dessas ideias são iniciadas, promovidas e reforçadas por personalidades e celebridades de exposição na mídia. Tem surgido um novo extrato de celebridades que fazem apologia à antirreligião, que inclui Bill Maher, Sam Harris, Richard Dawkins, Stephen Hawking, Peter Singer, Woody Allen, Phillip Roth, Julia Sweeney e o falecido Christopher Hitchens”, disse o relatório da pesquisa, citando estudiosos, escritores, cientistas e diretores de cinema.