O Porta dos Fundos está no centro de uma iniciativa popular de repúdio contra a zombaria à fé cristã. Uma petição online direcionada à Netflix com mais de 270 mil assinaturas pede que o filme Especial de Natal seja retirado do catálogo da empresa de streaming.
A mobilização – acompanhada de um movimento de boicote que se espalha nas redes sociais com usuários cancelando suas assinaturas do serviço – é a resposta à produção que apresenta um Jesus homossexual: na plataforma Change.org, 280 mil pessoas assinaram a petição iniciada no dia 04 de dezembro.
A sinopse do filme expressa o escárnio do grupo de humor com a fé cristã: “Jesus está fazendo 30 anos e traz um convidado surpresa para conhecer a família. Um especial de Natal tão errado que só podia ser do Porta dos Fundos”.
Lideranças cristãs apontam que a zombaria não é uma demonstração simples de desrespeito, como apontou o pastor Franklin Ferreira no Facebook: “Hoje, os esquerdistas não escondem mais seu ódio contra a religião mais perseguida do mundo: o cristianismo […] O Porta dos Fundos, que tem entre suas estrelas um ferrenho defensor do PT e PSOL, é parte desse movimento para vilipendiar e ridicularizar a fé no Senhor Jesus Cristo”, contextualizou.
O deputado Eli Borges (SD-TO) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para repudiar a postura do grupo de humor e da Netflix: “Uma verdadeira afronta à fé cristã quando falam de um Jesus gay e de discípulos que não foram à Ceia porque estavam embriagados […] Quero pedir à Netflix que respeite o Brasil, que respeite o Brasil cristão e conclamo os milhões de brasileiros para que comecem a deixar de lado a Netflix que pelo segundo ano consecutivo traz essa afronta aos cristãos”, afirmou o parlamentar evangélico.
O pastor presbiteriano Joel Theodoro, que escreve para o portal Voltemos ao Evangelho, publicou artigo endossando o boicote: “Tomei conhecimento de que algo além do tolerável na perspectiva cristã estava ocorrendo, e isso me conduziu a cancelar a minha assinatura da Netflix”.
Para deixar claro que não se trata de uma reação exagerada, o pastor explicou suas motivações: “Ao passarem de alocadores a produtores ou coprodutores de vídeos que zombam claramente da fé alheia, especialmente de Cristo, os serviços [da Netflix] deixaram de ser compatíveis comigo e minha casa, uma vez que entendo que a verba mensal que pago representa parte da verba utilizada nesse projeto. Um cristão passaria, então, de cliente com reservas a patrocinador da desfaçatez com que trataram a fé cristã”.
“Manter-me na qualidade de um patrocinador de produções cinematográficas que zombam e vilipendiam o Senhor é o mesmo que esbofeteá-lo, cuspir nele, bater em sua cabeça para lhe enterrar os espinhos da coroa, zombar com deboches, forçá-lo a andar nu pelas ruas carregando o grande peso do madeiro, furá-lo ao lado com uma lança, gritar para que ele desça da cruz se for capaz”, concluiu o pastor Joel Theodoro.