O pastor Everaldo Pereira, presidente nacional do PSC, foi preso na manhã desta sexta-feira, 28 de agosto, em uma ação determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) como parte das investigações de desvios de recursos durante a pandemia de Covid-19. Na mesma ação, o governador Wilson Witzel, do mesmo partido, foi afastado do cargo.
Everaldo Pereira se tornou nacionalmente conhecido por ter disputado a presidência da República em 2014, quando chamou atenção por um incidente durante sua entrevista no Jornal Nacional.
O mandado de prisão contra o pastor Everaldo Pereira, ligado à Assembleia de Deus, foi expedido pelo STJ após a delação do ex-secretário de Saúde do governo Witzel, Edmar Santos, que está preso por conta de desvios de recursos da pasta na Operação Placebo, escândalo que vem sendo apelidado de “covidão”.
Além do pastor, outro que foi preso é Lucas Tristão, ex-homem forte do governador Wilson Witzel. De acordo com informações da coluna Radar, da revista Veja, a assessoria de imprensa de Everaldo Pereira divulgou nota informando que “o Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades e reitera sua confiança na Justiça”.
Ao todo, a Polícia Federal está cumprindo 16 mandados de prisão, sendo seis preventivas e dez temporárias, e outros 82 mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, que foi batizada de “Tris in Idem” (termo oriundo do direito tributário, usado como referência ao fato de ser o terceiro governador seguido do estado a se envolver em corrupção) um desdobramento da Operação Placebo.
Outra figura de destaque alvo de mandados de busca e apreensão na mesma operação é o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), André Ceciliano (PT), que afirmou ter recebido a informação “com tranquilidade” e que está à disposição da Justiça.