O relatório do inquérito que apura o assassinato do pastor Anderson do Carmo traz a conclusão dos investigadores sobre o casamento com a deputada Flordelis (PSD-RJ): encenação.
A partir das mensagens trocadas entre Flordelis e seus filhos, os policiais e procuradores que investigaram o assassinato do pastor concluíram que o relacionamento entre os dois poderia ser descrito como uma “farsa” e uma “encenação”.
De acordo com informações da emissora CNN Brasil, Flordelis queria “emancipação financeira”, e planejou a morte de Anderson do Carmo para assumir o controle de sua carreira política e do dinheiro que circulava no caixa da família.
Antes do crime, Flordelis e Anderson do Carmo eram vistos como candidatos naturais à prefeitura de São Gonçalo nas próximas eleições municipais, que será disputada em novembro. Os investigadores consideram que durante o velório e enterro do marido, Flordelis encenou o luto.
Em outubro de 2018, ela se referiu ao marido como “traste” e que conseguir a “independência financeira é pouco” diante do que ela almejava. Os investigadores apontam que Flordelis teria sido responsável por escrever, literalmente, o plano para “por um ponto final nessa história” e iria “explicar” como tudo deveria ser executado. Essa mensagem é vista como prova de que o que estava sendo tratado ali era um plano para matar o pastor Anderson.
“Dez mil depois do serviço feito, mas as outras pessoas do carro não podem ser atingidas. Simula um assalto, ele foi para o Rio hoje e aproveita e já espera ele na volta. Se voltar no [carro] dele, melhor ainda. Vou mandar ele enviar a foto, nós vamos saber qual o carro e qual a placa”, escreveu a deputada federal em março do ano passado, em uma das mensagens trocadas com os filhos envolvidos na trama.