A perseguição religiosa aos cristãos na China vem se intensificando desde o início desse ano, promovida pelo Partido Comunista Chinês, que é liderado pelo presidente Xí Jìnpíng. A forma mais frequente de ataque aos cristãos nos últimos meses tem sido a invasão de templos e até seminários, para investigar e prender os fiéis.
A alegação dos agentes comunistas é de que algumas igrejas funcionam de forma ilegal. Entretanto, mesmo denominações consideradas “registradas” já tiveram alguns templos destruídos pelo regime, por conta do receio que o Governo possui do crescimento da fé cristã.
No último dia 12 os policiais invadiram uma igreja na província de Henan. “Alguns eram policiais disfarçados, e outros usavam uniforme”, informou um fiel à organização ChinaAid, que monitora os índices de perseguição no país. Cerca de 20 cristãos foram levados pelas autoridades.
O informante disse que “eles tiravam fotos enquanto nos prendiam”, e que “tentaram pegar o iPad e o celular de uma das irmãs sem mostrar as identidades”. Aparentemente, o interesse dos agentes era de colher indícios de atividade religiosa ilegal, mas a fiel sabia que estava em seu direito e questionou os policiais pelo abuso de autoridade.
“Ela disse: ‘Essas são minhas coisas pessoais’, mas os policiais a ignoraram e continuaram a pegar nossas coisas. Os policiais atacaram imediatamente o irmão Qian, e ele ficou sob o controle deles porque não resistiu”, disse outro membro da igreja.
Invasões e abuso de autoridade contra os cristãos
Essa não é a primeira vez que agentes comunistas invadem um templo em pleno horário de culto e prendem os cristãos. Uma igreja localizada em uma pequena província de Guangdond, no sul da China, também foi alvo de ataques no dia 15 de julho.
Cerca de 40 agentes entraram no templo para interrogar o pastor Huang Xiaoning, fazendo ameaças ao líder cristão. Em outro acaso, ocorrido em 23 de maio, outro grupo de agentes invadiram um seminário teológico localizado na província de Jiangsu, levando presos pastores e estudantes.
Apesar do Governo chines alegar que há liberdade religiosa no país, os cristãos sabem que isso não é verdade, uma vez que só igrejas enquadradas no regime do Partido Comunista é vista como “legal”.
“O governo diz que temos liberdade religiosa, mas na verdade não há liberdade”, disse a esposa do pastor da igreja em Henan, segundo informações do Christian Post.