O grupo de humor Porta dos Fundos voltará a fazer um esquete especial para o Natal com piadas sobre o sentido bíblico da celebração, mas usando “passagens” que não estão na Bíblia Sagrada.
O vídeo será divulgado no canal do Porta dos Fundos no YouTube, no dia 24 de dezembro, de acordo com informações da jornalista Lígia Mesquita, da coluna Outro Canal, na Folha de S. Paulo.
“Além de Marcos Veras, Júlia Rabello e Clarice Falcão participam do especial de Natal do Porta dos Fundos, no dia 24, que falará de passagens que ficaram de fora da Bíblia”, informou a jornalista.
É provável que as piadas sejam feitas sobre situações hipotéticas envolvendo a família de Jesus, como uma eventual festa de aniversário, por exemplo.
As piadas do Porta dos Fundos envolvendo religião sempre geram polêmica. Em 2013, o lançamento do “Especial de Natal” criou enorme desconforto entre cristãos e motivou dois processos movidos pelo pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). As duas ações foram arquivadas pela Justiça.
Um dos esquetes mais polêmicos – e que mobilizou reações de evangélicos e católicos -, o Porta dos Fundos fez piadas com Jesus no vídeo “Oh Meu Deus”, ao sugerir que a imagem do Filho de Deus havia aparecido na vagina de uma mulher grávida.
Em outro episódio, fazendo piadas sobre a famigerada “cura gay”, o roteiro mostrava Jesus realizando milagres, como a ressurreição de Lázaro, por exemplo, e sendo procurado por homem chamado Sandrinho com trejeitos homossexuais em busca de cura.
No diálogo entre os personagens, Jesus questiona qual o problema, e Sandrinho responde: “Eu tenho um fogo, incontrolável. To me queimando por dentro, não aguento mais […] Preciso que o Senhor me livre desse mal, que me corrói”. Após algumas tentativas de esclarecer a real necessidade, Jesus pede que o homem fique em silêncio e diz que seu problema foi solucionado.
Feliz, Sandrinho sai agradecendo, ainda com trejeitos e vocabulário comuns aos homossexuais. As pessoas que assistiam à conversa olham espantadas, como se houvesse algo errado, e Jesus comenta: “Gente, [era] gastrite”.
A piada foi usada à época para criticar o projeto de lei do deputado João Campos (PSDB-GO), que foi apelidado pela mídia de “cura gay”.