Não é de hoje que a Igreja Universal do Reino de Deus e a Rede Globo se enfrentam nas mídias e até na justiça por questões envolvendo a liberdade de expressão, o preconceito contra a fé cristã e a perseguição religiosa. Entre os casos mais recentes está a figura do prefeito do Rio de Janeiro, o bispo Marcelo Crivella.
Segundo uma nota publicada pelo Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal (UNIcom), o Grupo Globo vem noticiando na TV e em suas mídias online, como o portal G1 e o jornal Extra, que a instituição liderada por Edir Macedo tem se aproveitado da gestão de Marcelo Crivella para fazer proselitismo religioso através de “eventos em escolas públicas”.
A igreja nega ter violado o princípio do Estado laico, acusando o Grupo Globo de perseguição religiosa e preconceito contra os evangélicos, especialmente por não ter dado a instituição religiosa o direito de resposta nas matérias veiculadas para o público.
“Da resposta enviada pelo UNIcom (…) que desmontava a reportagem, a emissora divulgou apenas um minúsculo trecho, praticando uma vergonhosa censura contra a Igreja”, diz a resposta da Universal publicada alguns dias atrás, destacando que eventos em espaços públicos realizados por entidades privadas são comuns e que não caracterizam, necessariamente, uma violação ao Estado laico.
“Eventos comunitários são frequentemente realizados em espaços públicos, como praças e escolas, por diferentes entidades, inclusive pela Rede Globo de Televisão – empresa que todos os anos desenvolve a chamada ‘Ação Global’”, acrescenta o texto, apontando que algumas dessas ações são de interesse público, porque beneficiam a sociedade.
‘Se a Rede Globo utiliza escolas públicas para ‘oferecer serviços gratuitos à população’ uma vez por ano, a Universal mantém 13 programas sociais que atenderam 9 milhões de brasileiros apenas em 2017: pessoas necessitadas, abandonadas e invisíveis da sociedade”, explica a nota.
“São centenas de eventos realizados mensalmente pela Universal em escolas públicas de todo o Brasil, onde a ajuda social que a Igreja oferece é muito bem-vinda pela comunidade, mobilizando voluntários como médicos, enfermeiros, cabeleireiros, psicólogos, advogados e dentistas para atender, gratuitamente, quem necessita”, acrescenta.
Por fim, a nota também ressalta que outras instituições, como a Igreja Católica, também faz várias ações utilizando espaços públicos como escolas, inclusive com maior frequência do que os evangélicos.
O texto conclui dizendo que o Grupo Globo, na verdade, está sendo oportunista, ao que parece, por querer utilizar o contexto político atual envolvendo o nome do bispo Crivella para perseguir a Universal.
“Estamos convictos de que a sociedade brasileira e a Justiça não aceitarão a perseguição religiosa que o Grupo Globo e alguns oportunistas ensaiam no Rio de Janeiro. Com a Constituição Federal nas mãos, combateremos o preconceito contra os evangélicos”, diz o texto.