O clamor a Deus como forma de combater o avanço do novo coronavírus não é um recurso utilizado apenas pelos líderes religiosos, mas também por líderes de nação que acreditam no poder do jejum e da oração.
A exemplo do presidente Jair Bolsonaro e do americano Donald Trump, a chefe do Executivo da Bolívia, Jeanine Áñez, também fez uma convocação no país para a sua população se voltar a Deus em oração e jejum.
“Hoje quero enviar uma mensagem de fé, porque para Deus nada é impossível e, estando com ele, vamos superar essa pandemia”, afirmou Áñez, que também é evangélica, segundo O Globo.
A “onda evangélica” que surgiu em toda à América Latina, especialmente em 2018, elegendo políticos alinhados com o conservadorismo cristão em diversos países, como o presidente Jair Bolsonaro no Brasil, continua influenciando a forma como os líderes nacionais encaram a pandemia em suas regiões.
Pronunciamento na TV
No caso de Áñez, por exemplo, ela não apenas convocou a sociedade para orar e jejuar contra o coronavírus, como recitou em rede nacional no último dia 28 uma passagem que se encontra no livro de Isaías, capítulo 43.
“Pois eu o seguro pela mão direita, eu, o Senhor, seu Deus, e lhe digo: ‘Não tenha medo, estou aqui para ajudá-lo’”, diz o texto lido pela presidente boliviana. O país registrou até o momento um pouco mais de 1.220 casos de infectados, 66 mortos e 136 curados.
No caso do presidente brasileiro, a convocação de jejum e oração contra o coronavírus realizada para o dia 05 de abril contou com um momento de reunião com populares na saída do Palácio do Alvorada, onde Bolsonaro falou também sobre a importância a fé em Deus.
“É muito fácil acreditar em Deus, basta querer descobrir de onde veio. Nós viemos do Espírito Santo, vamos voltar para esse lugar um dia, mas temos que voltar com a ficha limpa”, afirmou o presidente na ocasião.