A história de Andrew Stewart pode parecer com a de um drama produzido em Hollywood, mas vai muito além disso. Além de real, ela traz o testemunho de uma experiência de superação, transformação e resiliência que poucas pessoas seriam capazes de suportar, pois este homem ficou preso injustamente por 36 anos, e mesmo assim conseguiu sair da cadeia sorrindo.
E este testemunho não é apenas de Andrew, mas também de outros dois colegas, Alfred Chestnut e Ransom Watkins, que junto com ele aos 16 anos foram presos após uma acusação injusta de assassinato em 18 de novembro de 1983, na Harlem Park Junior High School, Estados Unidos.
“Em nome do sistema de justiça criminal, e tenho certeza de que isso significa muito pouco para vocês, mas vou me desculpar”, disse o juiz do Tribunal do Circuito de Baltimore, Charles J. Peters.
O sistema judiciário nos Estados Unidos possui a boa fama de ser rígido, mas essa rigidez não significa perfeição e erros dessa natureza podem acontecer, apesar de raros se comparados aos índices positivos do código penal dos EUA.
Fora da prisão aos 52 anos, Andrew e os colegas agora só pensam em tentar minimizar o tempo perdido. “É a primeira vez que consigo abraçar meu filho há cerca de 20 anos. Isso é maravilhoso. Deus os abençoe, Deus é bom o tempo todo, não às vezes, mas o tempo todo “, declarou sua mãe, mãe Mary Stewart.
Lição de fé
Dentro da prisão Andrew não deixou o desespero tomar conta da sua alma. Em vez disso, ele decidiu confiar em Deus, acreditando que se estava ali era por um propósito, por mais estranho que fosse. Ele disse ao Washington Post que aprendeu a aceitar “o significado da fé e o valor de Deus” enquanto esteve preso.
“Se é aqui que Deus quer que eu descanse minha cabeça pelo resto da minha vida, é aqui que vou servir a Jesus Cristo pelo resto da minha vida”, disse ele asi mesmo na época.
De fato, foi fazendo estudos bíblicos enquanto estava preso com os colegas de cela que Andrew e os outros presidiários passaram mais da metade da vida presos. No meio do “deserto” eles fizeram brotar a esperança de Cristo para a vida de outros detentos durante os longos anos que se passaram.
“Isso é esmagador”, disse Chestnut à mídia sobre sua libertação, segundo o portal The Christian Post. “Eu sempre sonhei com isso. Minha mãe, é a isso que ela está se apegando desde sempre. Ver o seu filho voltar para casa”.