A equipe da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de (DEDMCAI), cumpriu um mandado de busca e apreensão no endereço do padre Nelson Koch, de 54 anos, preso na última quinta-feira (17) após denúncias de que ele teria cometido abuso sexual contra menores.
Uma das vítimas relatou que os abusos praticados pelo líder católico teria iniciado aos 7 anos de idade, se repetindo aos 13 e 15 anos. O mandado de prisão foi cumprido pela manhã, com base nos crimes de estupro de vulnerável e importunação sexual, na zona rural de Sinop, no Mato Grosso.
O padre Nelson Koch foi localizado pela Polícia Civil em uma residência que pertence à Paróquia São Cristóvão. Tudo foi acompanhado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso.
A prisão ocorreu após a denúncia da mãe de um dos adolescentes ouvidos pela Polícia. Ele afirmou que sofreu abusos sexuais por parte do religioso enquanto ainda era criança, assim como na adolescência. Outro jovem de 17 anos também relatou ter sofrido abusos nos últimos três anos.
Responsável pelo caso, o delegado Sérgio Ribeiro, titular da Delegacia da Mulher de Sinop, disse acreditar na existência de outras vítimas que não chegaram a denunciar o padre devido à influência exercida por ele na região, segundo informações do RD News.
“Nós entrevistamos as pessoas que frequentaram a igreja e dois desses adolescentes narraram abusos que começaram com passar as mãos nas nádegas e nos órgãos genitais”, informou o delegado.
Segundo Ribeiro, o padre Nelson Koch também chegou a confessar a relação com os menores, mas alegando que os atos teriam sido consensuais. “Disse que tudo que ele fez foi consentido, que todos os relacionamentos que ele teve com esses adolescentes teriam sido consentidos e que eles até pediam”, afirmou o delegado.
Por fim, o delegado também fez um apelo para que outras pessoas que possam ter sido vítimas do padre Nelson Koch façam a denúncia, a fim de colaborar com as investigações já em andamento.
“Às pessoas que foram abusadas por esse cidadão, seja da igreja, seja na residência particular dele, que se apresentem. É necessário ter a punição mais severa para esses casos. Até porque essas pessoas têm o direito de ver a punição do agressor”, disse o agente. Veja também:
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