Ser perseguido e preso por anunciar o Evangelho de Jesus Cristo é apenas uma possibilidade, entre outras, que ocorrem na vida de milhões de cristãos espalhados pelo mundo. Além dessas, lidar com às sequelas de métodos de violência psicológica e física é outro grande desafio, carregado pelo resto da vida.
Um cristão chamado Morad, residente na República da Turquia, sabe muito bem como é passar por isso, pois ele sofreu todos os danos da perseguição religiosa, mas ainda assim não renunciou a sua fé em Jesus Cristo.
Apesar disso, Morad ficou profundamente traumatizado após sair da prisão e se livrar das torturas a que foi submetido. Visando auxiliar cristãos como Morad, a organização Portas Abertas criou um programa de aconselhamento, para que cristãos traumatizados pela perseguição pudessem se expressar, compartilhando suas experiências com outras pessoas.
“O treinamento foi um bom começo para meu processo de cura. Dia a dia minha ferida é curada”, disse Morad. “Enquanto estou aconselhando pessoas, elas às vezes me arrastam para seus problemas. Agora eu tenho aprendido a manter certa distância”.
Ao lidar com outros problemas, Morad aprendeu a administrar melhor os próprios conflitos. “Criar este espaço tem me ajudado a permanecer saudável nos últimos meses, enquanto continuo aconselhando. Apesar das muitas emoções, eu permaneci física e mentalmente saudável”, diz ele.
Morad, cujo nome verdadeiro foi ocultado por razões de segurança, também aprendeu ao lidar com problemas de outras pessoas, que todos nós estamos sujeitos aos desafios, porque somos iguais, mas que Deus está presente consolando e nos dando forças para suportá-los.
“Eu não quero mais falar apenas para receber reconhecimento das outras pessoas. Eu não quero que os outros me vejam como uma pessoa importante por causa do tempo na prisão pela minha fé”, disse ele, segundo a Portas Abertas.
“Eu não sou mais do que qualquer outro cristão: eu preciso de Deus como todos nós precisamos. E eu preciso dele agora também. Então eu tento focar nele primeiro”, conclui.