As denúncias sobre a manobra do governo para impor a ideologia de gênero nas escolas públicas repercutiram na sociedade, que vem fazendo pressão sobre as Assembleias Legislativas para que o tema não seja incluso nos currículos escolares.
Nos últimos dias, deputados de oito estados recusaram as referências à identidade de gênero nos Planos de Educação votados nas respectivas assembleias legislativas.
O movimento do governo Dilma Rousseff (PT), através do Ministério da Educação, de enviar um comunicado aos estados e municípios sugerindo que o tema seria obrigatório contrariava as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado pelo Congresso Nacional.
A ideologia de gênero é um conjunto de teorias que se propõem a negar a identidade de gênero às crianças, e sugere que a escolha por masculino ou feminino deve ser feita durante a vida, ignorando a formação biológica.
Dos 13 estados que já aprovaram seus Planos de Educação, apenas cinco mantiveram referências à identidade de gênero. Os outros 14 estados ainda não votaram o plano, como em Minas Gerais, onde o deputado Leandro Genaro (PSB) afirmou que a “ideologia de gênero é uma praga que veio do marxismo, passa pelo feminismo e visa destruir a família tal qual nós a conhecemos”, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Líderes evangélicos se posicionaram sobre o assunto, repudiando a estratégia do governo e também os princípios da ideologia. O pastor Silas Malafaia publicou um vídeo em que chama a manobra do governo Dilma de tentativa de “destruição da família”.
Já a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota em que pontua que “a introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias”.