A Procuradoria Geral da República (PGR) aceitou a denúncia da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) contra a jornalista Rachel Scheherazade, por suposta apologia e incitação ao crime em um de seus comentários no SBT Brasil.
Rachel se tornou o centro das atenções quando disse que era compreensível que cidadãos fizessem as vezes de justiceiros no combate ao crime, uma vez que, em sua opinião, o Estado não estava cumprindo seu papel em relação à segurança pública. Na ocasião, um grupo de pessoas amarrou um menor nu a um poste, por considerá-lo suspeito de praticar roubos.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o comentário da jornalista será avaliado: “Não se pode pregar contra o Estado democrático. Isso é muito sério. Se você faz um discurso de ódio para a sociedade, não há como controlar o que ocorre depois por aí”, afirmou. A pena prevista para casos de apologia ao crime varia entre 3 e 6 meses de prisão, ou multa.
Rachel Sheherazade chegou ao SBT depois que seus comentários num telejornal da Paraíba começaram a fazer sucesso nas redes sociais. Contratada pessoalmente por Silvio Santos para ser uma das âncoras do principal noticiário do SBT, a jornalista tem carta branca para emitir opiniões, e afirma que não mudará sua postura: “Eu não me vendo, nem me dobro. Minha palavra, eles não podem cassar, pois vivemos numa democracia. E, neste país, todo cidadão tem direito, garantido pela Constituição, de expressar suas opiniões. Enquanto tiver o aval da minha emissora, o espaço para opinar livremente, é isso o que farei”, pontuou, numa entrevista ao PurePeople.
A psicóloga Marisa Lobo, colunista do Gospel+, lamentou a patrulha ao direito de pensamento e expressão: “Nossa liberdade de expressão está sendo ameaça, diretamente e comprovadamente, por comunistas. Estamos vivendo uma ditadura sem precedentes”, escreveu no artigo “Cristãos unidos em favor da irmã Rachel Shererazade fazem campanha de repúdio ao governo”.
Lobo afirmou que “o caso Sheherazade é a maior prova de ditadura no que se refere à liberdade de opinião”, e conclamou os evangélicos a lutarem pela liberdade de expressão e agirem em defesa da jornalista.
“Peço a todos que lerem este artigo e que se revoltarem com a situação, que imediatamente enviem neste endereço [email protected] sua nota de repúdio, pedindo explicações sobre este fato. Este e-mail será direcionado ao ministro das comunicações Thomas Traumann e a Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência. Mostre sua revolta com essa perseguição a uma profissional que apenas cumpre seu trabalho e seu papel social/profissional de denunciar e de esclarecer para a população acerca de tanta barbárie que nem sempre chega aos nossos ouvidos”, convocou Marisa.
Leia a íntegra do artigo de Marisa Lobo neste link.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+