Humberto Matos, que na rede social “X” se apresenta como “professor e YouTuber gaúcho”, além de “agitador”, “propagandista” e “militante” de um coletivo marxista, fez uma publicação que chamou a atenção de internautas, ao se dizer assustado por ver o crescimento do número de alunos evangélicos.
“Dou aula em escola pública de periferia faz 16 anos. Neste espaço de tempo é assustador perceber que quase 100% dos alunos tornaram-se evangélicos praticantes, um terço absolutamente fanáticos, os outros indo por esse caminho”, publicou o militante.
A postagem em tom discriminatório e cristofóbico provocou reações, incluindo a do promotor de Justiça Fabrício Drumond Monteiro, que ao questionar o militante marxista deixou claro que a liberdade religiosa é garantida no Brasil.
“Revogaram a liberdade religiosa? Ou ela só existe quando a religião convém às suas convicções?”, rebateu Monteiro. Ao responder outra crítica, o professor esquerdista destilou ainda mais preconceito, alegando que os alunos evangélicos teriam sido vítimas de “doutrinação que leva a esse comportamento de seita”.
Em outra exibição de ignorância, o militante que ensina em colégio público disse, em referência aos alunos evangélicos, que eles “casam-se aos 16 pra poder transar. Vão morar numa peça nos fundos da casa dos pais (ou avós) de um dos noivos. Não existe vida fora da igreja, desesperador.”
“Quem tem comportamento de seita está impossibilitado de aprender qualquer coisa”, escreveu Humberto Matos em outro comentário, insinuando que os alunos evangélicos teriam problemas com a aprendizagem. “Nossos jovens estão sendo doutrinados a não pensar.”
Intolerância
A sinalização de intolerância do professor-militante Humberto Matos reflete pode ser vista, também, nas palavras do sociólogo Jessé Souza, que disse ter medo do Brasil se tornar um “Evangelistão”, associando a comunidade evangélica aos radicais muçulmanos do Irã.
“Junte-se a isso a influência neopentecostal e vamos ter pessoas que sacrificam o intelecto em nome de uma fantasia que as faz continuar vivendo. Temos uma pregação religiosa que exclui qualquer reflexão sobre a realidade social”, disse o sociólogo em uma entrevista. Confira:
Sociólogo Jessé Souza diz ter ‘desespero’ com crescimento evangélico