Uma professora de uma escola municipal em Cariacica, no Espírito Santo, fez graves denúncias envolvendo a diretoria de ensino local, após dizer que foi demitida e sofreu perseguição por denunciar a doutrinação ideológica na unidade, se opondo à imposição da ideologia de gênero aos estudantes.
Identificada como Deivilane da Costa Carvalho, a professora lecionava na escola municipal EMEF Álvaro Armeloni, quando passou a se opor ao que classificou como “política de doutrinação” envolvendo alunos de 9 a 14 anos.
“Jamais desrespeitei o corpo acadêmico e a direção. A minha posição contrária a uma política de doutrinação no ambiente escolar, que envolve ideologia de gênero, é o real motivo acobertado por aqueles que pediram minha demissão”, disse ela ao explicar a sua versão sobre o motivo da demissão.
Segundo a professora, como a sua denúncia foi parar no Ministério Público local, ela disse que passou a ser vista pela diretoria escolar “como uma ameaça ao que eles estão implantando no colégio”. Deivilane utilizou as redes sociais para defender a sua versão.
Em uma publicação, ela explicou que a relação com os colegas na escola mudou quando a denúncia foi judicializada. “Após tomar conhecimento da apuração do MP, a direção da escola vinha me tratando de forma diferente dos demais profissionais”, disse ela.
“Fui perseguida e punida com a demissão, por apenas me posicionar contra a usurpação dos direitos dos pais de educar. A escola estava entrando em um campo que foge da sua função. Aluno vem para a escola para aprender as disciplinas e não ser ideologizado”, disse a professora.
O secretário municipal de educação local, por outro lado, apresentou outra versão para tentar justificar a demissão da professora Deivilane. Segundo José Roberto Martins Aguiar, a profissional não estaria se relacionando adequadamente com os colegas na escola.
“A professora Deivilane não soube conquistar os estudantes; ela mantinha um relacionamento conflituoso com os gestores da escola e com os demais professores, professoras e estudantes. Por isso rescindimos o contrato com a profissional, o que é um direito do município”, disse ele, segundo o Jornal da Cidade.