O uso de softwares construídos para aprenderem a partir de ações humanas, denominados “inteligência artificial” (IA), vem se expandindo em todas as áreas e mais recentemente, um pesquisador programou uma IA para reescrever a Bíblia Sagrada.
A ideia de George Davila Durendal, um engenheiro e pesquisador quântico, era descobrir como um software reescreveria as palavras presentes no livro sagrado do cristianismo. Ele programou a IA para aprender a linguagem humana lendo apenas os livros da Bíblia, e a apelidou de “IA Jesus”.
Usando a Bíblia King James – uma tradução dos originais desenvolvida para a Igreja Anglicana – o engenheiro desenvolveu o algoritmo de processamento de linguagem de forma que ele pudesse reescrever o texto sem alterar seu sentido, replicando inclusive o estilo de escrita, mas sem copiá-lo.
Segundo informações do portal TecMundo, a IA Jesus acabou “absorvendo cada palavra mais do que todos os monges de todos os mosteiros que já existiram”, segundo Durendal. Esse resultado seria fruto de uma imersão profunda da inteligência artificial no texto, evidenciada pelo uso recorrente de termos como “Senhor”.
Por outro lado, o software – ainda em aprimoramento – cometeu falhas características de textos escritos por inteligência artificial. Durendal a programou para reescrever sobre tópicos envolvendo “A Praga”, “César” e “O Fim dos Dias”, e o resultado teve 30 mil palavras que descreviam, por exemplo, profecias sobre o fim do mundo.
No tópico “A Praga”, um dos trechos escritos pela inteligência artificial diz: “Ó Senhor dos Exércitos, Deus de Israel; Quando eles virem o anjo do Senhor acima de todos os irmãos que estavam no deserto, os soldados dos profetas se envergonharão dos homens”.
Em outra parte, no tópico “O Fim dos Dias”, a IA escreveu: “E quando eles saíram do mundo vindouro, ouviu-se uma voz dentre os mortos da cidade de Saul”.